Thais Mendes (*)
Com a quarentena, a maior parte das empresas tiveram de se adaptar ao trabalho à distância.
Elas precisaram readequar ou ampliar os benefícios aos funcionários. Afinal, no trabalho de formato home office, o contratante se responsabiliza pelos custos indiretos, tais como água e energia, mas não com custos como equipamentos. O vale transporte é uma necessidade se eventualmente necessitar de um encontro presencial, mas o mesmo não funciona para o VR (Vale Refeição) ou VA (Vale Alimentação), que fica à cargo da empresa.
Esses benefícios podem ser cruciais em tempos de crise. Daí os gestores devem ficar de olho em como os funcionários estão se sentindo e se comportando. É imprescindível monitorar possíveis áreas de problema. Isso porque a insatisfação do funcionário pode levar a busca por outras oportunidades de trabalho.
Pensando nisso, algumas empresas estão adaptando seus benefícios, como entregando pequenos mimos aos colaboradores. Aproveitar datas importantes, como a Páscoa para entregar chocolate por delivery, o dia das mães com uma lembrança, aniversário e até máscaras personalizadas com álcool em gel, é uma alternativa para animar as equipes nesse tempo de isolamento social.
O primordial, no entanto, é o contato frequente. Deve-se tomar cuidado com quem pode aprofundar nessa comoção coletiva. Esse é o tipo de atitude que deve ser respeitada pelas organizações. Alguns funcionários podem ter problemas para adaptação ao modelo de teletrabalho. Por um lado, pode gerar uma queda na produtividade. Mas tenha em mente, se você é gestor que: horas de trabalho não são sinônimos de produção quando se trata de trabalho à distância.
Do lado do colaborador, é importante focar na produtividade. Se você trabalha em uma empresa que está com muita demanda, entenda o cenário atual e atenda às necessidades deste momento em especial, salvando a produtividade. Do outro lado, aproveite se estiver com baixa demanda para se atualizar, fazer cursos e até mesmo interagir e conhecer mais o negócio. Todos estão sendo mais avaliados neste momento remoto do que pessoalmente.
O que fica de aprendizado é manter o bom relacionamento do funcionário com a marca, garantindo trabalho, eficiência, transparência e retenção de talentos.
(*) – É diretora-executiva e cofundadora da GTO RH.