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Fidelização: dos programas de pontos à era da personalização

em Artigos
sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Nara Iachan (*)

O conceito de programas de fidelidade começou a ganhar força no Brasil nas décadas de 1980 e 1990.

A princípio, as iniciativas eram simples, focadas principalmente em pontos e recompensas. As companhias aéreas foram as primeiras a adotá-los. Foram elas que introduziram os programas de milhagem para incentivar a lealdade dos clientes.

Alguns anos depois, nos idos de 2000, o mercado de fidelização começou a se diversificar. Supermercados, redes de varejo e instituições financeiras começaram a desenvolver seus próprios programas de fidelidade. Foi nessa época que os clientes começaram a acumular pontos em várias lojas e serviços, aumentando o valor percebido pelos consumidores.

Com o avanço da tecnologia digital e a crescente popularidade dos smartphones, o mercado de fidelização no Brasil passou por uma transformação significativa em 2010. Aplicativos móveis e plataformas online se tornaram ferramentas essenciais para programas de fidelidade, facilitando o acúmulo e resgate de pontos.

Diferentes empresas se destacaram ao oferecer programas robustos de pontos que podiam ser trocados por uma ampla gama de produtos e serviços.
Nos últimos anos, a personalização e a gamificação tornaram-se tendências importantes nesse mercado. Diversas empresas começaram a adotar tecnologias avançadas para criar clubes de benefícios personalizados e programas de gamificação que aumentam o engajamento dos clientes.

Apesar do crescimento e inovação, o setor de fidelização enfrenta desafios como a necessidade de constante inovação para manter os clientes engajados e a competitividade do mercado. No entanto, as oportunidades são vastas, especialmente com o uso crescente de tecnologias emergentes como inteligência artificial e machine learning para aprimorar a experiência do cliente.

O futuro do mercado de fidelização no Brasil parece promissor, com a expectativa de que as empresas continuem a investir cada vez mais em tecnologias e estratégias personalizadas para fidelizar seus clientes.

Assim, a tendência é que esses programas se tornem cada vez mais integrados à vida cotidiana dos consumidores, proporcionando experiências ainda mais ricas, além de criar conexões emocionais profundas.

Aqui, serão cada vez mais importantes elementos como personalização; exclusividade (onde clientes têm promoções de acordo com sua categoria ou nível de uso); experiências memoráveis, como eventos e acessos antecipados; gamificação, com desafios, missões e recompensas por completar certas atividades, entre outros como o sentimento de pertencimento e de comunidade.

(*) – É CEO da Loyalme by Cuponeria (https://loyalme.com.br/).