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Felicidade no trabalho: uma escolha com propósito

em Artigos
segunda-feira, 06 de abril de 2020

Cleverton Alves (*)

Tenho sido muito questionado sobre qual o perfil comportamental desejado pelas organizações.

Posso afirmar que as companhias buscam pessoas felizes que encontram propósito no que fazem. Não importa seu nível hierárquico, o que importa é com quanta paixão você desenvolve seu trabalho. No mundo de hoje, todos querem resolver as coisas rapidamente e ser muito bem atendidos, e é isso que a corporações buscam.

Não sabemos ao certo o que é a felicidade ou como medi-la. Essa tarefa é tão difícil quanto determinar a temperatura da alma ou a cor exata do amor. Como mostra Darrin M. McMahon em seu elucidativo estudo “Felicidade: uma História”, desde o século 6 a.C, quando o rei Creso disse jocosamente que “aquele que vive não é feliz”. Temos visto esse duvidoso conceito ser considerado uma aproximação de vários outros, como prazer, alegria, plenitude e contentamento.

Como disse Samuel Johnson, a felicidade instantânea só é possível quando se está bêbado. Já para Jean-Jacques Rousseau, a felicidade era estar num barco sem rumo, sentindo-se um deus (o que não é exatamente a imagem que se tem de produtividade). Há, ainda, outras definições de felicidade que não são nem mais nem menos plausíveis que as de Rousseau ou de Johnson.

Tenho certeza que todos gostamos de, quando vamos comprar um hambúrguer em um fast food, ser recebidos com um sorriso pela atendente do caixa! Quando a pessoa entende seu propósito, ela pode mudar o mundo. A menina do caixa não faz o hambúrguer, mas ela faz parte de sua experiência de comer o hambúrguer, e, pelo tratamento dela, essa experiência pode ser ótima ou péssima.

Segundo Stephen R. Covey: “A felicidade, como a infelicidade, é uma escolha proativa”. Pessoas felizes encontram propósito de verdade no que fazem, e por isso fazem bem. E essas pessoas não arrumam desculpas para não fazer as coisas, elas simplesmente vão lá e fazem. Esse profissional é o típico brasileiro moderno, que é engajado, criativo e acima de tudo muito feliz, usando seu carisma e o bom humor para ser cada vez mais resiliente.

No mercado de trabalho temos muitos profissionais de “faz de conta”, que se escondem atrás de certificações e diplomas ou com títulos de coach. No fim do dia, porém, não entregam o que deles é esperado e se engajam em fofocas de corredor. Esses profissionais fazem muito mal para a companhia, e, insisto, não importa o nível hierárquico em que estejam.

Não falo da crítica construtiva, que é muito bem-vinda em qualquer empresa, mas sim do profissional que fala mal da empresa para se defender. Pois esse não consegue sucesso e, em vez de procurar melhorar, fica desmotivando os demais e falando mal da companhia.

Por isso, afirmo: seja feliz e demonstre essa felicidade dentro de sua empresa, pois pessoas felizes e verdadeiramente engajadas transformam o mundo!

(*) – É COO da Service IT, integradora de soluções e serviços de TI especializada em outsourcing e consultoria.