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Espaços verdes nas cidades

em Artigos
quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Danny Braz (*)

Em ano de eleição, muito se fala nas questões que preocupam os cidadãos e eleitores, como a saúde, educação, transporte, entre outras.

Figuram entre elas, cada dia mais as questões ligadas à sustentabilidade, relacionadas à qualidade de vida, mas também à economia de água, energia e à preservação ambiental.

Pesquisas como a Green City Index (Índice Verde de Cidades), realizado pela Siemens com a Economist Intelligence Unit, mostram que as cidades brasileiras, mesmo as de grande porte como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, há uma crescente preocupação, tanto da administração pública, quanto do setor privado, com a criação de áreas verdes, visando o lazer e o bem-estar da população.

Mais que isso. Os espaços verdes nas cidades ajudam a regular o clima, reduzir o acúmulo de calor e o consumo de energia por contrariar os efeitos do aquecimento de superfícies pavimentadas, reabastecer reservas de águas subterrâneas e proteger os lagos e riachos. Também ajudam a melhorar a qualidade do ar e consequentemente a qualidade de vida da população. Uma árvore pode remover cerca de 12 kg de dióxido de carbono da atmosfera por ano.

O paisagismo adequado reduz o escoamento da água da superfície, reduz o risco de erosão, evitando que sedimentos escoem e provoquem inundações, deslizamentos de terra e poeira.

Hoje em grandes centros podem-se encontrar as chamadas Paredes Verdes ou Jardins Verticais, que com a irrigação adequada oferecem beleza, frescor, além de melhoria na acústica local, na temperatura e na qualidade do ar, tudo isso sem falar na economia de água.

Para que se alcancem esses benefícios de forma econômica e eficiente, é necessário investimento em bons equipamentos e tecnologia de ponta em termos de irrigação. A partir da combinação entre essa tecnologia, informação e produtos adequados, é possível, por meio da captação da água de chuva e gestão dos recursos de se economizar até 70% no gasto de água e, ainda por cima, reduzir os custos de energia nos projetos paisagísticos.

As cidades precisam ser pensadas com planejamento e estratégias voltadas para a melhoria da qualidade de vida, aumento da mobilidade, espaço de convivência, cultivo de áreas verdes e senso comum de uso e preservação. Tudo isso com tecnologias para o uso racional de recursos naturais e respeito às futuras gerações.

O desafio para um bom gestor de cidades é promover o desenvolvimento e o bem estar das pessoas.

(*) – É engenheiro civil e consultor internacional com foco em construções verdes e diretor geral da empresa Regatec.