Wagner Silva Vasconcelos (*)
A sensação de insegurança está entre as três maiores reclamações e preocupações da sociedade brasileira.
A população dos grandes centros urbanos convive há muito tempo entre as milhares de ocorrências de roubos e furtos, em sua maioria, cometidos por menores infratores. É crescente o número de crimes que são frutos de ações de crianças e adolescentes, muitos armados e violentos.
Além da sensação de incerteza de um futuro digno, indaga-se qual é a razão que motiva jovens a escolherem uma vida com ações e erros que são punidos pelo Estado? Não se pode olvidar que, esse corpo de infratores encontram apoio em aliciadores, traficantes e sujeitos associados as autoridades que comandam o universo criminoso.
Entretanto, há de se concordar que a posição das crianças, jovens e adolescentes oferece fomento a insegurança à uma sociedade desacertada. Nota-se que, para dirimir a situação, o remédio que possibilita a instalação dos jovens em um cenário oposto é a educação. Assim, é dever da população lutar para a conquista de uma educação de qualidade, projetada em desviar as crianças e adolescentes das ruas e inseri-los em um ambiente de ensino especializado.
É fundamental desarmar as crianças e adolescentes e guia-los para as salas de aula. As principais armas devem ser os livros, as canetas e os cadernos. Aliados ao respeito aos direitos e deveres deste público, na maioria das vezes, tão negligenciado no momento da construção das políticas públicas da União, dos Estados e dos Municípios.
Prementemente, é essencial que a sociedade na condição de eleitores, escolham a figura legislativa que trabalhe pela preocupação na adoção de políticas públicas de prevenção em combate à violência juvenil, incentivando um modo de educação que, obrigatoriamente, vincule todos os jovens brasileiros a permanecerem em um ambiente escolar integral, com agenda para refeições, descanso, aulas práticas, aulas técnicas, acesso a cursos e estágios remunerados dentro da rede de ensino.
Assim, haverão estímulos aos estudantes a permanecerem em acessão ao processo de educação. Não se pode desprezar o fato de que a violência é o problema que mais aflige a sociedade e, se não a educação, não há outra possibilidade que supere o cenário da escassez de oportunidade e de difícil acesso à educação de qualidade.
Recrutar a ação policial já provou não ser o caminho ideal e, insistir que a solução seja intensificar as ações policiais para conter o número de crimes que assola a população, já não pode ser considerada uma saída para o problema.
O ponto de partida para a transformação, portanto, é a escolha de representantes políticos que possibilitem o avanço a diretrizes nacionais voltadas às crianças e aos adolescentes brasileiros.
(*) – É pedagogo.