Mônica Schimenes (*)
Nas últimas duas semanas, o Egito recebeu a reunião mais importante das Nações Unidas de combate à emergência climática.
Conhecida como Conferência das Partes sobre as Mudanças Climáticas, ou somente COP, reuniu governos, empresas, cientistas, organizações da sociedade civil e ativistas em busca de ações mais enérgicas para frear o aquecimento da Terra e implementar mudanças efetivas rumo à resiliência climática.
Contudo, sabemos que ainda precisamos de mais ambição para colher um mundo mais sustentável e justo. Ou seja, mais do que promessas e metas estabelecidas, precisamos acompanhar os compromissos realizados na prática. Mas será que estamos no caminho certo?
De certa forma, as últimas conferências têm sido marcadas por ‘promessas vazias’, aquelas que ficam apenas no discurso e vemos poucas mudanças concretas acontecendo. Por outro lado, nem tudo parece estar perdido. Temos acompanhado, nos últimos anos, políticas públicas atuando na manutenção para frear os avanços das mudanças climáticas, principalmente na Europa.
Na COP deste ano, uma das grandes discussões girou em torno do agronegócio como aliado ao combate. Durante a participação do Brasil na conferência, o agronegócio foi citado como um “aliado estratégico” para os próximos anos e o setor servirá para buscar investimentos na promoção da agricultura regenerativa e sustentável, com foco em ciência, tecnologia e educação no campo.
Fazer alianças se tornou cada vez mais urgente, visto que também existe a necessidade de captação de investimentos para a preservação e combate das mudanças climáticas. É por acreditar que o combate às mudanças climáticas requer ações coordenadas e coletivas, que nosso papel é de fiscalizar e cobrar para que essas atitudes saiam do papel.
Olhando para o Brasil, a COP deixou uma grande missão para o país. Nossa expressiva área coberta por florestas, rica em biodiversidade e a maior reserva de água doce do mundo nos caracteriza como principal país na corrida pela economia verde. Dessa forma, devemos ser protagonistas no processo de descarbonização da economia no mundo e consolidar uma posição de destaque na oferta de produtos da biodiversidade.
Trazendo toda essa discussão para nossas atividades, em nosso caso o setor de eventos, é necessária uma conscientização de todos para que cada vez a preocupação ambiental se torne um item obrigatório nas realizações e atividades. Em nossa agência, implantamos a cultura, tanto em nossa equipe interna quanto externa, de sempre buscar em todos nossos projetos trabalhar com o mínimo de impacto ambiental possível. Entendemos que o mercado está mudando e os consumidores ditam essa mudança.
Dessa forma, as marcas precisam acompanhar e nosso trabalho é contribuir de uma forma cada vez mais significativa para que possamos ver todas essas mudanças de fato nos guiando para o caminho da economia regenerativa. Nós somos aqueles pelos quais estávamos esperando!
(*) – É fundadora e CEO da MCM Brand Experience, grupo de comunicação com atuação comprometida com a performance e a diversidade e inclusão (https://www.mcmbrandexperience.com/).