Guilherme Tavares (*)
Os dados são aliados estratégicos para que as empresas conheçam bem o público-alvo e trabalhem com mais assertividade nas relações externas.
A utilização dos dados de forma analítica, em prol de resultados melhores para as empresas como um todo, é um conceito cada vez mais discutido no âmbito empresarial do país. Mais do que uma mudança exclusivamente processual, a presença de ferramentas de Analytics reformulam por completo a atuação de profissionais que participam de diversas áreas.
No caso do setor comercial, por exemplo, frente à complexidade de consumidores conscientes e bem-informados, o uso estratégico de informações disponíveis mostra-se ainda mais determinante, na medida em que fundamenta as iniciativas mais adequadas a cada persona estabelecida.
Não é de hoje que as organizações pensam em métodos inovadores para se aproximar dos consumidores e fomentar vínculos proveitosos. Se por um lado os artifícios internos estão se aprimorando com o tempo, sob o contexto da transformação digital, as pessoas não estão alheias a essas mudanças. Portanto, é de suma importância que os gestores valorizem práticas que estimulam uma abordagem certeira e próxima à realidade dos clientes em potencial.
Com o objetivo alinhado entre os colaboradores envolvidos no processo de comunicação com os clientes, é preciso ter garantias de que eles disponibilizarão os meios necessários para que tenham segurança em tomar decisões conscientes, isto é, embasados pela certeza de que as iniciativas recomendáveis estão sendo realizadas.
É nesse ponto que o Analytics se torna um grande aliado para estratégias assertivas para a jornada de compras, servindo de parâmetro sobre questões essenciais, como hábitos de compra, regionalidade, principais dificuldades, faixa etária, entre outras características que, apesar de “simples”, podem culminar em uma abordagem enriquecedora, para ambas as partes.
Um reflexo igualmente relevante de uma estrutura orientada à inteligência analítica é a melhor adequação dos profissionais, seguindo processos otimizados, em que as aptidões possam ser preservadas de acordo com a análise de dados. Além do estimulo à produtividade, esse nível de eficiência operacional traz ganhos de agilidade, um requisito básico e bastante valorizado pelo mercado atual.
Todos esses movimentos rumo à inovação devem ter como foco o consumidor. Quebras de paradigma, mudanças internas e novas ferramentas digitais, por exemplo, de nada adiantarão se esses fatores não transformarem por completo a relação da empresa com seu público. Isso posto, podemos afirmar que reformular a realidade das equipes por meio do uso analítico dos dados é o primeiro passo para que a companhia vá além de preceitos básicos de comunicação, deixando conceitos estáticos para trás.
O que seu cliente está, de fato, procurando? Quais são as suas maiores dores? Por que ele deveria optar por sua empresa? Essas são algumas das várias perguntas que o gestor deve apoiar seu planejamento estratégico. Para respondê-las, é praticamente obrigatória a utilização de dados concretos e informações ricas extraídas a partir de uma análise prudente, cuja confiabilidade pode ser constatada na prática.
Logo, não seria nenhum exagero afirmar que o Analytics é peça-chave para uma compreensão realista de quem os consumidores são, como se comportam e o que estão procurando. Dentro do contexto de Customer Experience, em que a jornada individual é um critério extremamente decisivo em termos de compra e fidelização, é imperativo que as empresas tenham a análise de dados como um verdadeiro braço direito, sempre orientando as decisões mais adequadas.
Como resultado, será possível oferecer experiências transformadoras, que impulsionem a conquista de novos clientes.
(*) – Especialista em Gestão Empresarial, com pós-graduação em Marketing e Geoprocessamento e graduação em Publicidade e Propaganda, é CEO do Centro de Serviços Compartilhados do Grupo Toccato.