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Como negociar e administrar salários no atual momento econômico

em Artigos
quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Mércio Roney Blasius (*)

A economia está desacelerando, a inflação está alta e o desemprego crescendo.

Diante desse cenário econômico instável, a tendência é que as negociações salariais de 2015 sejam mais difíceis. Essa é a expectativa de patrões e trabalhadores. Representantes das indústrias afirmam que o principal agravante para o setor é a inflação, porque o índice real tem se demonstrado muito acima do que se divulga nos números oficiais. O achatamento salarial e a perda de poder de compra do trabalhador é outro problema grave. O bom senso terá de prevalecer no diálogo.

Perante essa conjuntura os programas de remuneração das empresas se tornam ainda mais importantes independentemente do porte econômico ou do número de colaboradores. Planos de cargos e salários e pesquisas salariais bem elaboradas são ferramentas importantes no dia-a-dia das empresas, bem como, nas estratégias de negociação sindical. Com uma pesquisa salarial confiável nas mãos, os empresários podem ter referência de mercado, da categoria econômica que atendem e das principais tendências de remuneração que servirão de parâmetro no estabelecimento de limites no processo de negociação.

A pesquisa de mercado é a base onde se estuda a correlação da política de salários e benefícios da companhia comparativamente com o mercado em que está inserida. Desenvolvida de acordo com as informações do mercado regional e da instituição e com base nas medidas e posições estatísticas apuradas, a empresa poderá avaliar a consistência interna e a competitividade das suas práticas de salários em relação ao mercado. Assim poderá atualizar ou criar o próprio sistema de remuneração.

Concomitantemente, o plano de cargos e salários é fundamental como instrumento gerencial, pois estabelece a estrutura de cargos da organização, define as atribuições, deveres, responsabilidades de cada cargo e estabelece os níveis salariais a serem praticados.

Para enfrentar os desafios desse ambiente de negócios cada vez mais competitivo, faz-se necessário pensar e agir estrategicamente com atenção no dia-a-dia e foco nas tendências, perspectivas, possibilidades e hipóteses de negócio que o futuro pode nos apresentar. Sendo assim, a valorização do ser humano será diferencial para que a organização possa ser realmente competitiva.

(*) – É consultor da SBA Associados.