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Como fazer negócios depois de 2020?

em Artigos
sexta-feira, 09 de outubro de 2020

Fabrizzio Topper (*)

Vivenciamos ao longo deste ano, que agora se encaminha para o fim, diversos desafios sociais, familiares e profissionais.

A pandemia trouxe uma nova perspectiva sobre como viver e trabalhar em um mundo quase que completamente dependente do digital. Mas, mesmo com o rápido avanço da internet nesse período de quarentena, muita gente ainda se pergunta: Como será que faremos novos negócios depois de 2020? Obviamente essa é uma pergunta retórica nesse momento.

Será necessário que a gente vivencie dia após dia de 2021 e depois da vacina, para ir encontrando novos caminhos. Mas se há algo que podemos declarar desde já é que definitivamente não voltaremos ao que era antes do Covid-19 atingir boa parte do mundo. Parece clichê falar em novo normal e eu concordo, principalmente porque estamos comentando sobre uma transformação tão profunda daquilo que estávamos acostumados, que o correto mesmo seria apenas “novo”.

Nova forma de contratar e reter talentos, de reunir as equipes, novas regras de segurança e higiene, e diversos novos momentos acontecerão conosco em um futuro próximo. Quanto ao que tange negócios, a tendência é que eles aconteçam de forma mais madura no ambiente digital.

Percebemos que nem sempre é preciso pegar um avião, fechar um hotel e reservar uma sala de reunião para assinar um contrato ou alinhar expectativas, por exemplo. Isso deve prevalecer mesmo quando pudermos retomar nossa rotina.

Para desenvolver e fomentar seu negócio também será necessário ter uma mentalidade completamente focada no ambiente digital. Afinal, percebemos que antes da pandemia estar na internet era um ‘nice to have’, mas agora e depois que tudo passar é um ‘must to have’, não dá mais para estar com o foco apenas no offline.

E quem ainda não entendeu todas essas mudanças, infelizmente precisa correr contra o tempo. Na internet todo mundo tem opinião, serviços e produtos estão constantemente em avaliação. Então saber entender essa dinâmica, em como agir e como planejar cada passo é extremamente importante. Não adianta estar online e não acompanhar como tudo se desenrola ali.

O público-alvo também é impactado, podem ser as mesmas pessoas, mas atingi-las no offline é totalmente diferente do ambiente online. A personalização, o tom da mensagem, as ferramentas utilizadas para chegar até o consumidor, tudo é cuidadosamente pensado especificamente para o e-commerce (ou o mais atual entendimento, a camada de Digital Commerce do negócio) e ter ao lado especialistas na área pode fazer total diferença.

O comunicador digital, aliás, deve figurar entre as principais profissões em ascensão nos próximos rankings. É ele quem direcionará de forma mais assertiva todo esse processo. O mundo pós-pandemia do novo coronavírus ainda é uma incógnita em muitos aspectos e como disse antes, só vivendo para encontrar os caminhos.

Mas tendências que vinham se concretizando antes de tudo e tomaram força ao longo desse ano desafiador, devem permanecer e ditar uma nova forma de vivenciar e explorar a internet, especialmente no que tange a dinastia dos dados e da personalização das interações com cada cliente, usuário e consumidor.

Estamos falando de organismos empresariais e ecossistemas de soluções e fornecedores totalmente novos e que demandam um novas expertises até aqui tratadas como secundárias ou apenas desejáveis. Estratégias e abordagens genéricas não serão perdoadas e to pouco aderentes junto aos consumidores deste mundo com maturidade digital superior.

Precisamos estar em alerta, porque a principal característica da internet é o imediatismo, tudo acontece e passa muito rápido, e se você perder o timing, não se sentará no corredor e ficará esperando o próximo voo.

(*) – É CEO DRIVEN.cx, diretor da ABCOMM e do IBEVAR e VP do POPAI Brasil, além de professor na FIA, IBMEC, IED e ComSchool.