Alexandre Giffoni (*)
O coentro é uma planta muito utilizada, principalmente, na forma de tempero.
Sempre presente na culinária indiana, árabe e até no Brasil pelas regiões Norte e Nordeste. No entanto, ela é uma planta que causa muita polêmica, já que há quem ame e quem odeie sua presença nos pratos. Mas será que existe uma explicação científica para tanto amor e ódio de uma simples plantinha? Sim.
Um dos principais componentes do coentro é uma substância química chamada E-(2)-decenal, que consta também na secreção de defesa de alguns insetos. E como os seres humanos tem um gene chamado OR6A2, que permite sentir esse cheiro, podemos dizer que o coentro, para algumas pessoas, tenha sim cheiro e gosto de insetos.
Mas, para os amantes da planta, o coentro pode trazer uma série de benefícios para a saúde como: rico em polifenóis, fitoquímicos e carotenoides; ajuda no controle do açúcar no sangue; tem efeito anti-hiperglicemia por estimular a secreção de insulina; reduz o colesterol e triglicérides; tem efeito diurético; funciona como um detox do organismo; auxilia na remoção do mercúrio ingerido por água contaminada; tem função bactericida contra a salmonela e ação antifúngica.
O coentro é utilizado também como erva medicinal, ajudando a prevenir algumas doenças, reduzindo os níveis de progesterona para melhorar a fertilidade. A planta é muito consumida em receitas de remédios caseiros para resfriados, febres, náuseas, vômitos, problemas de gastrites, antiparasitas, dores reumáticas e nas juntas.
Rico em vitamina A, B1, B2, B3 e C, ele ainda conta com ácido fólico, que é um forte aliado do cérebro, faz bem ao coração, pele, unhas e cabelos, previne o câncer e melhora a imunidade. Suas folhas possuem uma concentração maior de vitaminas do que as sementes.
A melhor forma de aproveitar suas propriedades, é incluí-lo na culinária em geral.
Porém, pode ser usado na forma de extratos vegetais e óleos, a partir do processamento das sementes e folhas. O coentro é uma erva que traz muitos benefícios para a saúde, mas o ideal é não exagerar na quantidade quando sua utilização for como tempero, já que não agrada a todos os paladares.
Comece a utilizá-lo como ingrediente e vá introduzindo aos poucos na preparação das comidas do dia a dia. Quem sabe seu conceito sobre ele possa mudar?
Fica a dica!
(*) – É médico nutrólogo do Hospital IGESP.