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Bancos digitais: a forma como o brasileiro lida com o setor financeiro

em Artigos
terça-feira, 03 de maio de 2022

Até os anos 2000 para se fazer uma transação bancária era preciso carregar diversos documentos, comprovantes, enfrentar filas e muita burocracia.

Com o mundo se tornando cada vez mais tecnológico, o setor financeiro precisou se modernizar, porém, os bancos tradicionais se mostraram resistentes e acomodados dentro de seus serviços muito em virtude da robustez de seus processos e legado teológico, o que foi uma excelente oportunidade para o surgimento dos Bancos Digitais.

Com o aventure das novas tecnologias, modelos ágeis de trabalho, pouca burocracia e sem filas. Os neobanks chegaram e conquistaram uma fatia expressiva do mercado brasileiro, tanto que somos os maiores usuários de bancos digitais do mundo de acordo com a pesquisa global da Mambu. Outro ponto que não podemos esquecer é que os modelos de atendimento 3.0, que são oferecidos hoje pelos bancos digitais, tornaram os atendimentos dos bancos tradicionais mais lentos e burocráticos.

Isso fez com que os profissionais deste mercado se reciclassem em novas tecnologias e adaptassem para esse novo jeito de banco. Hoje, os consumidores já estão adaptados a um atendimento todo feito online, em poucos cliques através de um aplicativo e com a tecnologia a seu favor. É quase que inviável pensar que, nos dias de hoje, você precise ligar em uma central de atendimento para solicitar aumento de limite do seu cartão, consultar um extrato de fatura de cartão de crédito ou até mesmo operações de rendimento e investimento.

Tudo está na palma da sua mão e pode ser feito em alguns cliques. Toda essa facilidade atrai os usuários que entenderam que resolver suas demandas de sua casa, no meio de um passeio ou em um break do trabalho, é o que realmente eles desejam. Os bancos digitais englobam todas as reais necessidades dos clientes, unindo a tecnologia ao conforto. A realidade é que entendemos que banco não é necessário, mas os serviços financeiros sim, esses são essenciais.

Bancos precisam se adequar e se atualizar, precisam entender que perder tempo é o mesmo que perder dinheiro e ninguém está mais disposto a isso. Taxas baixas, cartões de crédito sem anuidade, empréstimos e seguros, são alguns dos serviços que encontramos nos bancos digitais, sem falar nas possibilidades de se investir com o auxílio de consultores ofertados pelo próprio aplicativo.

As Fintechs estruturaram modelos de negócio e de trabalho colaborativo e engajado, fortalecendo pilares essenciais para todo esse sucesso junto aos clientes, pressionando o mercado e bancos tradicionais a remodelarem os seus processos e tecnologia para se adaptarem, mas em estruturas maiores o processo acaba sendo lento. Hoje a competição está ligada na modernização e agilidade dos processos para os clientes, quer seja pessoa física ou jurídica.

A tecnologia proporcionou dar agilidade e escalabilidade em modelos de negócios que antes não eram possíveis de serem realizados. Viabilização de integrações e desenvolvimentos rápidos de acordo com as necessidades dos clientes é quase que diária. Os clientes, atualmente, fazem parte do processo evolutivo dos nossos sistemas, processos e modelos de negócio, são eles que ditam a velocidade e muitas vezes norteiam nossa direção para novas possibilidades de implementar novas funcionalidades, adaptar ou desenvolver novos produtos.

E para as Fintechs, esse modelo é fantástico, todos os dias estamos trabalhando em novos projetos que estão reinventando o modelo tradicional. E no final do dia todos ganham, o mercado que precisa se adaptar para oferecer mais benefícios aos clientes, as empresas que melhoram seus processos e portfólio de produtos e os profissionais desta indústria que passam por constante transformação.

(*) – Graduado em Administração de Empresas pela Mackenzie e MBA em Finanças pela FIA, é CEO do Banco Letsbank.