Paulo Schorr (*)
Destaque entre os debates e principais pesquisas do ano passado na área da tecnologia, a segurança da informação será uma das tendências para 2022.
Em meio a casos significativos de ataques cibernéticos e aumento no número de ocorrências de sequestro de dados, a mensagem geral para este ano é clara: é hora de capacitar profissionais de segurança da informação, treinar os colaboradores, e aumentar a maturidade da TI com investimento contínuo em soluções de segurança e monitoramento para evitar problemas futuros.
Dentre as inúmeras estratégias para combater ataques de ransomwares e outros tipos de ameaças à integridade do ambiente virtual, o passo mais importante e que também é o que exige menor investimento, é estruturar uma boa política de segurança da informação adequada às necessidades e características do negócio. Com uma política bem definida é mais fácil realizar um trabalho de conscientização dos colaboradores, fazendo com que a cultura de segurança da informação permeie todos os setores e departamentos da empresa.
Cada link clicado equivocadamente através da rede corporativa ou em um e-mail malicioso, pode levar a uma paralização total das atividades da corporação, gerando prejuízos muitas vezes incalculáveis. Daí a grande importância em realizar trabalhos de conscientização dos colaboradores.
Investimento contínuo, seja em soluções in house, ou, na terceirização de soluções de segurança são igualmente necessários para aumentar a maturidade do ambiente de TI e tornar o ambiente mais seguro. Hoje em dia, o mercado oferece soluções de firewall, backup, disaster recovery, monitoramento, dentre outros, na modalidade “as a service”. Nesta modalidade, as soluções são contratadas como serviço, que já incluem equipamentos e licenças no pacote, garantindo soluções sempre de ponta, a um custo mais acessível para as empresas.
Um estudo da PwC Digital Trust Insights 2022 aponta que 45% das empresas brasileiras (26% no mundo) preveem um aumento de pelo menos 10% nos investimentos em segurança de dados. No entanto, ainda existem aqueles que não estão preparados para isso. No mundo, cerca de 25% das empresas têm pouca ou nenhuma compreensão do impacto e de como a vulnerabilidade digital pode afetar o ecossistema corporativo. Infelizmente, muitos destes, só entenderão a importância do tema, ao sentir na própria pele o transtorno e prejuízo que um ambiente parado pode causar.
Com a entrada em vigor da LGPD, as empresas passam a responder ainda mais pela segurança dos dados de seus colaboradores, clientes e terceiros. Na própria relação entre empresas, é cada vez mais comum que os contratos já tragam cláusulas que exijam a adequação à lei. Consequência natural disso, será um amadurecimento do tema da segurança de dados.
Felizmente, em eventos recentes realizados pela Flowti, identificamos um grande desejo dos profissionais de TI em aumentar os esforços e investimentos em segurança para os próximos anos. Isso inclui capacitar-se mais, realizar mais treinamentos de conscientização dos colaboradores e investimento contínuo em soluções inteligentes e preditivas.
Dito isso, é fundamental voltar os olhares para a segurança da informação em 2022. E esta não é uma tarefa somente dos profissionais de TI. É necessário o envolvimento e engajamento da alta direção e lideranças das empresas, pois serão eles os responsáveis por transmitir essa cultura e conscientizar todos os colaboradores da organização.
Não importa o segmento de atuação do seu negócio. Uma empresa preocupada com a segurança da informação e proteção dos dados gera maior credibilidade e confiança para seus clientes. Se você quer ter mais um diferencial no mercado, manter o seu ambiente seguro também virtualmente, é sem dúvidas uma das chaves para a continuidade do seu negócio.
(*) – É CEO da Flowti (https://flowti.com.br/).