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A origem milenar das caixas de papelão

em Artigos
quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Cícero Mário (*)

Muito comum no dia a dia das pessoas, as caixas de papelão embalam praticamente tudo que vai e vem.

Sinônimo de cuidado, esse instrumento tem o propósito de guardar objetos ou proteger algo que eventualmente seja transportado. A indústria trabalha com papelão das mais variadas formas, transformando-o e deixando-o útil para muitas aplicações, essenciais para a vida das pessoas e para os negócios das empresas.

Historicamente, tudo começou na China. Durante o primeiro e segundo séculos a.C, foram esboçadas as primeiras caixas de papelão. Para a produção da folha de papelão, os chineses da Dinastia Han usavam folhas de casca de amoreira tratada, cânhamo, tecido, fibra vegetal misturada com água e feita em uma pasta. Depois de misturado, a polpa formada era espalhada em uma moldura e prensada com itens pesados.

O cartão, como era denominado, era usado para embrulhar e conservar alimentos.

Muito tempo depois, em 1817, o industrial britânico Sir Malcolm Thornhill introduziu caixas de papelão simples na Grã-Bretanha, onde a comparação com as caixas de papelão de transporte que vemos atualmente não existia.

Ainda nesse ano, na Alemanha, criou-se o mesmo produto para embalagem. Em ambos os casos, tratavam-se de materiais lisos e sem ondulações. Mas foi somente em 1856, na Inglaterra, que os inventores britânicos Edward Allen e Edward Healey finalmente criaram o papelão, numa versão menos ondulada do que conhecemos atualmente, e com a finalidade exclusiva de ser um material de forro para chapéus altos.

Já em 1871, o americano Albert L. Jones conseguiu a patente para o uso do papel de material mais crespo e revestido de todos os lados, servindo para empacotar e transportar materiais delicados, como garrafas. Jones ficou conhecido como o “pai do papelão”.

Três anos depois, o americano Oliver Long fez uma importante descoberta, constatando que uma folha plana colada ao papel ondulado mantinha sua forma e aumentava a resistência – batizada como face simples. A partir daí, o mundo já protagonizava autores de evoluções no mundo do papelão. Em 1890, o escocês Robert Gair fabricava sacolas de papel no Brooklin.

Há vinte anos na profissão, acidentalmente, uma régua que frisava os sacos deslocou-se e passou a cortá-los. Dessa forma, descobriu-se que por corte e vinco em uma mesma operação poderia fazer caixas pré-fabricadas de cartão. Subitamente, conclui-se que peças planas fabricadas em massa, uma vez dobradas, se tornariam caixas.

O incidente – que se tornou ideia – ganhou proporção e se estendeu para o papelão ondulado, sendo viabilizada a produção industrial de caixas de papelão padrão, encostando no século XX. O papelão é uma invenção milenar que nunca sai de moda. Para a indústria, manter-se num mercado altamente competitivo requer mais que experiência.

Um parque industrial moderno, uma logística eficaz somada ao cumprimento do prazo de entrega confere a garantia de satisfação de clientes e fornecedores.

(*) – É diretor comercial da Delta Indústria de Caixas de Papelão (www.deltacaixaspapelão.com.br)