Marcus Matta (*)
Uma carreira bem-sucedida e altos salários são metas almejadas por todos os profissionais.
Contudo, para chegar ao patamar tão cobiçado, é preciso muito investimento em educação, especialização e, principalmente, dedicação do tempo livre do executivo que, muitas vezes, acaba abrindo mão de momentos importantes de sua vida pessoal. Por muito tempo foi considerado normal altos executivos, donos e sócios de empresas trabalharem mais de 12 horas por dia, serem os primeiros a chegar e os últimos a sair.
Contudo, essa figura do workaholic tem perdido apelo nos últimos anos, em prol de maior qualidade de vida. A tendência, atualmente, é a busca do equilíbrio entre os negócios e o lazer, utilizando ferramentas e serviços que otimizem o tempo do executivo. Algumas empresas, principalmente as de maior porte, têm adotado políticas de combate aos exageros no trabalho, como, por exemplo, literalmente apagar as luzes do escritório.
Além disso, melhorar o equilíbrio entre lazer e negócios é essencial para evitar doenças, como apontou o estudo realizado pelas universidades de Harvard e Stanford. A pesquisa mostrou que diversas enfermidades, como as do coração, pressão alta e doenças mentais, estão diretamente ligadas ao workaholismo e matam mais pessoas do que o Alzheimer ou o diabetes todos os anos nos Estados Unidos.
Pensando nesse problema, uma solução muito adotada pelas companhias tem sido investir em meios de transporte que reduzam o tempo de locomoção do empresário, ou seja, que otimizem as horas produtivas do alto executivo, reduzindo custos, uma vez que cada minuto perdido desse profissional custa muito caro.
Contudo, as empresas têm optado por adquirir ativos que não onerem demais a companhia, por isso, uma opção é a compra compartilhada de jatos executivos e helicópteros. Dessa forma, o executivo pode, por exemplo, ir a uma reunião de negócios rapidamente e retornar em pouco tempo para o jantar, ou para realizar qualquer outra atividade com sua família e filhos, criando momentos de convivência, sem perder agilidade e produtividade no trabalho.
Entretanto, a busca por qualidade de vida vai além dos serviços que encurtam as distâncias, como meios de transporte mais eficientes, e vem movimentando bastante o negócio de compra compartilhada de casas de veraneio. Essa é uma opção em ascendência no mercado como uma forma de lazer para o executivo e sua família, mas também como opção de ambiente de negócios para levar clientes e parceiros, inclusive com suas famílias, e fechar negócios, modelo muito comum nos Estados Unidos.
Além disso, esse tipo de ativo está em ascensão no mercado de alto padrão e sendo muito procurado pelo público AAA que deseja adquirir uma casa de luxo, mas quer ter praticidade, sem preocupações com a manutenção do bem, pois, nessa modalidade de negócio, o comprador não precisa se preocupar com nenhum tipo de serviço e manutenção do ativo, e tampouco em perder dinheiro com a eventual ociosidade do imóvel, que não ocorre na compra compartilhada.
A cada dia, surgem novas formas de utilizar de maneira mais inteligente o tempo e equilibrar a vida profissional dos altos executivos com a vida pessoal. Esse é um tema que está em pauta nas grandes corporações e junto ao público de alto poder aquisitivo.
Por isso, serviços e ativos que conciliem de maneira mais eficiente esses dois mundos surgem como aliados fundamentais no meio empresarial e são uma tendência no Brasil.
(*) – É CEO da Prime You (www.primeyou.com.br).