Gustavo Koltz (*)
Você sabia que a velocidade de aceleração, frenagem e outras atividades realizadas por um motorista podem ser monitoradas?
Ou que é possível otimizar as tarefas dos trabalhadores do agronegócio por meio do monitoramento de máquinas e uso de drones? – Pois é isso que a geointeligência é capaz de fazer: reconhecer a distribuição de objetos no tempo e espaço, fazendo analogias e revelando padrões válidos que servem de base para a tomada de decisões a partir de informações em alta frequência.
Podendo ser aplicado em diversos setores da indústria, esse é um recurso de Inteligência Artificial (IA) que analisa em tempo real o comportamento de “ativos” em geral, proporcionando alertas que podem auxiliar na redução de riscos e custos operacionais em até 15%.
No caso do setor de mobilidade, por exemplo, é possível reduzir tanto a possibilidade de eventos críticos quanto ao consumo de combustível e os custos de manutenção dos veículos.
Mas a geointeligência pode contribuir junto com a análise de dados em outros setores. Por isso, é necessário que as organizações tenham em mente que, durante esse período de alta concorrência para se diferenciar no mercado, as que se destacam são aquelas que conseguem antecipar tendências ou detectar oportunidades.
Uma alternativa que auxiliará na contribuição desse desejo é a utilização da geointeligência junto com a análise de dados, de modo que seja capaz de cruzá-los e transformá-los em informação relevante aos negócios. Sendo assim, é necessário que haja foco na geração de relatórios.
Por meio deles, será possível obter dados a fim de transmitir maior visibilidade em tempo real da operação e a capacidade de identificar as lacunas que devem ser preenchidas para permitir o aumento da eficiência operacional.
Antes, produzir relatórios e fazer a análise completa de uma área era tarefa complexa e demandava mais tempo, mas com a Inteligência Artificial esse processo se tornou mais barato e acessível, possibilitando a redução de até 30% de tempo gasto na sua realização.
Somente dessa maneira as organizações passarão a ser mais assertivas em suas decisões e terão as orientações corretas para planejar os próximos passos.
Consequentemente, elas estarão aptas a definir cenários, otimizar processos e, principalmente, executar o que chamamos de “cultura data driven”, a qual significa “tomada de decisões baseadas em análise e interpretação de dados” para, efetivamente, reduzir custos, aperfeiçoar o nível operacional e o desempenho de negócios.
(*) – É gerente de produtos e delivery da Viasat, Intelie (https://www.viasat.com/).