Fernando Ribeiro (*)
Com o aumento do uso de smartphones e outros dispositivos móveis, acompanhados da disponibilidade generalizada de internet de alta velocidade, as dinâmicas operacional e competitiva das empresas passaram por uma transformação.
À medida que regiões avançam rapidamente em direção a um salto significativo em suas economias, as implicações para as estratégias de evolução digital são vastas e de longo alcance. A América Latina, marcada por sua diversidade cultural e geográfica, está embarcando na nova era digital impulsionada pela conectividade 5G.
Segundo estudo divulgado da GSMA (Associação Global de Operadoras Móveis), é esperado um impacto profundo pela disseminação do 5G na região, projetando um aumento que salta de 2% para 57% de penetração no total de conexões móveis até 2030.
À medida que os mercados emergem e as redes se expandem, a pesquisa ainda mostra uma estimava que a adoção do 5G ultrapassará o 2G ainda esse ano, o 3G em 2026 e o 4G em 2029. Portanto, até 2030, é esperado um marco monumental na América Latina – o 5G comandará quase 60% do total de conexões móveis. A conectividade 5G é uma peça-chave na jornada de transformação digital da região.
Quando pensamos nos países próximos ao Brasil, podemos perceber os passos para a implementação da tecnologia nos países. Na Colômbia, por exemplo, o Ministério de Tecnologias da Informação e Comunicações prevê que até 2026, 54% da população tenha acesso a rede 5G. No Chile, segundo estudo da Omdia no webinar Latam Telco Vision Forum, até 2026, terá 49% de assinaturas no 5G, apesar da implementação da tecnologia na região ainda ser de 6,9%.
Diversos setores podem se beneficiar de processos mais eficientes por meio de uma internet mais veloz, ela é capaz de proporcionar maior flexibilidade e novas oportunidades de mercado. O que não apenas aumenta a competitividade regional, mas também posiciona a América Latina como um player importante no cenário global da economia digital.
Dentre os tipos de indústria que mais têm se beneficiado dessa tecnologia, estão os Data Centers. No Brasil, por exemplo, a projeção é que o setor deve ter um crescimento agregado anual (CAGR) de cerca de 7,9% no período entre 2023 e 2030, acompanhando oportunidades de expansão da rede 5G em um mercado de aproximadamente US$ 3,23 bilhões no Brasil, segundo levantamento da KPMG.
Segundo a GSM, até o ano que vem o número de adeptos da rede 5G deve alcançar 36,2 milhões e até 2030, 79 milhões, somente no Brasil. Expandindo assim, o tráfego de dados e a demanda por capacidade de processamento de forma acelerada.
Com quase dois terços dos consumidores latino-americanos com intenção de adotarem o 5G, segundo GSMA Intelligence, tem moldado o futuro do mundo e da América Latina, impulsionando o crescimento digital e, principalmente, transformando a região em um centro de inovação.
Com um catálogo amplo de benefícios para a economia, educação e conectividade, o 5G não é apenas uma tecnologia, mas uma ferramenta essencial capaz de conectar ainda mais pessoas do mundo todo.
(*) – É Coordenador de Sistemas da ODATA (https://odatacolocation.com/).