Carlos Kazuo Tomomitsu (*)
Já não restam dúvidas: apenas empresas com maturidade digital irão prosperar no futuro.
É verdade que durante a pandemia do novo Coronavírus, experimentamos dois sentimentos: antes, o medo do desconhecido e das alterações nas rotinas e, agora, a busca por soluções que atendam aos desafios atuais. Um mundo diferente será construído, mas uma coisa é certa: os dados serão imperativos neste novo contexto econômico.
Quem não se preparar para rever seus processos, adequando-os às condições atuais, correrá sérios riscos de ter seus negócios fragilizados – como já estamos vendo nestes dias de quarentena – e de certo perderá espaço para aqueles que priorizarem soluções de tecnologia. Mesmo sem a absoluta certeza do que está por vir, é possível vislumbrar cinco tendências no universo da Tecnologia da Informação que precisam estar na agenda executiva:
- Ferramentas com vieses mais analíticos que dispõem de informações estratégicas em formatos objetivos e, por isso, facilitam o autoatendimento de todos os departamentos, serão necessárias para acompanhar os novos modelos de consumo que estão nascendo, seja de produto ou de serviço;
- A ampliação da infraestrutura digital é imprescindível para empresas de todos os tamanhos. O mercado requer formas de interações rápidas e eficientes e, por isso, espera-se a potencialização do 5G e da fibra ótica;
- Tecnologias ágeis, por exemplo, low-code, proporcionam a implementação de processos em tempo real e à distância. Esse tipo de tecnologia, garante a possibilidade de testar e disponibilizar soluções de acordo com as demandas da empresa;
- A assinatura digital, como alternativa para redução dos documentos e processos físicos, ampliará o uso da gestão eletrônica de documentos com Inteligência Artificial;
- Os “terminais burros”, aqueles que não têm poder de processamento, retornam o uso para acessar os servidores das empresas sem armazenar os dados na máquina, resultando em segurança de acesso à informação para os trabalhos remotos, que serão mais frequentes.
Esses direcionamentos estão baseados em tecnologias que já existem e, agora, serão mais difundidas, visto que o Coronavírus antecipou ‘à fórceps’ o futuro. Com a gradual retomada da atividade, voltaremos com novos hábitos e formas diferentes de trabalhar, como a substituição das viagens executivas pelas videoconferências, assim como o desenvolvimento de novas competências para a execução de funções à distância.
O mundo dos negócios é dinâmico e será, cada vez mais, estruturado em dados. Por isso, as tecnologias corporativas devem disponibilizar informações claras que podem ser acessadas rapidamente e em tempo real. O futuro está num autoatendimento preciso e intuitivo. Para isso, os dados guiarão nossos passos, como empresa e sociedade, e nos darão condições de transformar as entregas de acordo com a nova realidade, seja no âmbito B2C ou B2B.
Quem se adaptar, sobreviverá ao mundo que nos espera.
(*) – É CEO e mentor da KeepTrue, empresa de TI especializada em soluções integradas na nuvem para otimizar processos, reduzir custos e aumentar a produtividade.