Da cidade ao campo, a inteligência artificial (IA) tem desempenhado papel fundamental para a produtividade e o desenvolvimento de diferentes setores e com a pecuária de corte não é diferente. A tecnologia, quando integrada corretamente à realidade do produtor rural, possibilita maior objetividade na tomada de decisões e, consequentemente, potencializa o lucro das propriedades.
Segundo dados do Agtech Report 2023, a presença da ferramenta no agronegócio global deverá crescer 300% neste ano, com investimentos saltando de US$ 1 bilhão (2020) para US$ 4 bilhões. Na prática, a IA é capaz de detectar pragas, doenças e deficiências nutricionais, assim como possibilita ao produtor rural uma visão ampla do negócio, gerando dados sobre o desempenho dos animais e das lavouras, balanços sobre a saúde financeira do empreendimento e até mesmo auxilia no desenvolvimento e cumprimento de tarefas.
Para o CEO da JetBov, empresa reconhecida pelo uso de tecnologia de inteligência artificial e armazenamento de dados aplicadas à gestão da pecuária de corte, Xisto Alves, a chegada desse tipo de inovação no campo representa uma nova etapa para o mercado: “O setor está passando por uma revolução, na qual a gestão estratégica dentro da propriedade é essencial para garantir a eficiência, sustentabilidade e rentabilidade a longo prazo”.
Esse movimento leva em consideração os diversos desafios enfrentados pelos produtores, como a elevação de custos dos insumos, a gestão da mão de obra e as variações de mercado. Neste cenário, a tomada de decisão exige velocidade, estratégia e análise.
“Precisamos considerar os fatores zootécnicos, sanitários, agronômicos, financeiros e econômicos para garantir a eficiência e a sustentabilidade da produção, visando produzir mais com menos recursos, o que exige organização e gestão eficaz”, explica Alves, ao frisar que a coleta e a análise de dados são fundamentais para entender o desempenho da fazenda e identificar áreas de melhoria.