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Policultivo e mix de cobertura em lavouras para ter cafés cada vez mais especiais

em Agronegócio
terça-feira, 14 de maio de 2024

Promover a biodiversidade de espécies da fauna e flora na área cultivada, promover a conservação do solo e, consequentemente dos recursos hídricos na propriedade – nascentes, córregos e rios -, além de melhorar a qualidade das matas existentes no entorno. Para os gestores do Guima Café, cultivado na Fazenda São Mateus, no Alto Paranaíba (MG), essas são algumas das vantagens da adoção de policultivos junto com a produção cafeeira na atualidade.

Além desses benefícios, quando temos mais de uma espécie sendo cultivada comercialmente na mesma área que os pés de café na forma de consórcio, conseguimos reduzir as temperaturas na área plantada, ciclagem de nutrientes, incremento de matéria orgânica e sequestro de carbono. O ambiente acaba se tornando favorável para insetos polinizadores e temos um controle biológico de pragas, que dialoga com as premissas do Guima Café de agricultura regenerativa”, explica Ricardo Vitor de Oliveira, técnico agrícola do Guima.

Há 15 anos, as fazendas do Guima Café fizeram a transição para a produção de cafés especiais, sempre focados nos pilares da sustentabilidade. Desde então, são buscadas e postas em prática técnicas e processos para transformar as lavouras tradicionais em locais cuja regeneração do solo, da água e do ar fosse um norteador de todas as ações.

“Foi ainda em 2007, que o Guima, que já havia iniciado um processo de evolução de melhoria contínua dos processos nas fazendas, decidiu produzir o café especial. Passamos a implantar nas lavouras boas práticas agrícolas, sem descartar a tradição e os aprendizados do passado. Esses passos foram importantes para buscarmos uma cafeicultura carbono zero, com processos produtivos que respeitam o solo, melhoria constante da gestão dos recursos hídricos e capacitação do capital humano das fazendas”, acrescenta Ricardo.