
Cientistas brasileiros e americanos descobriram que um fungo isolado de sedimentos marinhos profundos do Oceano Austral, na Antártica, produz substâncias bioativas com potencial para serem utilizados no desenvolvimento de biopesticidas naturais (bioinsumos). A pesquisa, conduzida por instituições como a UFMG, Embrapa Meio Ambiente (SP) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA – United States Department of Agriculture), identificou substâncias antifúngicas e fitotóxicas que podem se tornar alternativas sustentáveis aos agroquímicos sintéticos.
O fungo estudado, Penicillium palitans, foi coletado a mais de 400 metros de profundidade e submetido a análises laboratoriais que revelaram duas substâncias principais: penienona e palitantina. A penienona demonstrou forte atividade antifúngica e fitotóxica, inibindo completamente a germinação de sementes de grama-bentgrass, mesmo em baixas concentrações (Embrapa).