Em discurso no plenário do Senado para lançar sua pré-candidatura à Presidência da República, ontem (6), o senador Fernando Collor (PTC-AL) se colocou como um nome de centro, progressista e liberal.
Relembrou sua eleição em 1989, lamentou que não tenha concluído integralmente o mandato presidencial por causa do impeachment e garantiu que possui “a experiência, a coragem, o equilíbrio e maturidade” para comandar o País.
“O íntimo do meu sentimento público hoje me diz que seria covardia de minha parte renunciar à verdade e desviar de mais um desafio que o destino me impõe. Os temores da história não podem preceder aos ardores da modernidade”, declarou. Ele afirmou que o Brasil precisa de “um centro democrático progressista e liberal capaz de promover as mudanças demandadas pelo povo brasileiro” e que os movimentos não devem mais se prender ideologicamente a “meros rótulos da esquerda ou da direita”.
Em seu discurso, o ex-presidente criticou o que classificou como um forçado espírito de renovação política e defendeu um “novo pacto federativo” para aglutinar no governo os “melhores quadros”. “Não precisamos de revolução, mas de evolução. Da mesma forma não precisamos de renovação, mas de inovação.”
Entre as conquistas do seu governo, que durou dois anos e meio, ele disse que garantiu o “necessário lastro financeiro” para a implantação do Plano Real.
“Mantive em razoáveis níveis o equilíbrio fiscal das contas públicas”, continuou. O ex-presidente também defendeu que foi responsável por “abrir a porta do Brasil para a tecnologia e para o mundo”. Collor discursou por cerca de 20 minutos para oito senadores. Ele não quis falar com a imprensa após o pronunciamento. Também afirmou que sua postulação possui suporte em sua experiência como prefeito, governador, presidente e parlamentar (AE).