Cerca de 200 famílias ligadas ao Movimento dos Sem Terra (MST) ocuparam no sábado (4), uma área da Usina Martinópolis, no município de Serrana, na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Foi a 20.ª vez nos últimos oito anos que o movimento ocupou a mesma fazenda, mas os sem-terra foram retirados no mesmo dia pela Polícia Militar.
O advogado da usina, José Eduardo Barreiros, disse que o MST tenta ganhar a propriedade “no grito”. Em nota, o MST alegou que a usina acumula uma dívida milionária de impostos e que a Justiça já penhorou o imóvel, que deve ser adjudicado e destinado à reforma agrária.
Barreiros disse que apenas uma parcela de 520 hectares da fazenda foi penhorada no processo, mas há vários recursos e outras medidas judiciais pendentes de julgamento. A usina, que produzia açúcar e álcool, parou de funcionar há cinco anos, mas a cana produzida nas terras abastece outras usinas da região (AE).