Intenção de investir em próprio negócio aumentaA intenção dos empresários em investir em seus próprios negócios aumentou em dezembro em relação ao mês do ano anterior, ao marcar 35,1 pontos, como mostrou o Indicador de Propensão ao Investimento no próprio negócio De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em dezembro de 2016 essa pontuação foi 26,2 em uma escala que vai de zero a 100. Segundo a pesquisa, apesar da pontuação ter aumentado, o número de empresários que pretendem investir é baixo (29%). Em novembro esse percentual chegou a 28%. A principal razão entre as pessoas que não pretendem investir é por não considerarem necessário (48%). Para 26%, ainda pesa a percepção de que o país não saiu da crise. Além desses, 13% dizem que investiram recentemente e que estão aguardando retorno. Entre os que pretendem investir, a maior parte (47%) tem como objetivo o aumento de vendas, além da adaptação da empresa a nova tecnologia (13%), do atendimento da demanda que aumentou (13%) e da economia de recursos (9%). As medidas mais comuns serão a reforma da empresa (27%), a ampliação de estoque (23%), a aquisição de máquinas e equipamentos (20%), investimentos em mídia e propaganda (13%) e a ampliação de portfólio (13%). O capital próprio será a escolha de mais da metade dos micro e pequenos empresários que planejam investir nos próximos três meses, seja por meio de aplicações que possuem (48%) ou resultante da venda de algum bem (13%). Os que vão recorrer a empréstimos e financiamentos em bancos e financeiras são 17% dos entrevistados. “A intenção de contratar crédito fica abaixo da intenção de investir, evidenciando o fato de que muitos desses investimentos são viabilizados com capital próprio”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. De acordo com as entidades, entre aqueles que não pretendem contratar crédito, a principal razão é o fato de conseguir manter o negócio com recursos próprios (36%). Outros 27% citam as altas taxas de juros e 14% estão inseguros com as condições econômicas. A pesquisa mostra também que 38% dos micros e pequenos reconhecem o alto grau de dificuldade em obter crédito. Entretanto, outros 20% disseram que a contratação é fácil. O excesso de burocracia (46%) e juros altos (42%) são as principais razões para quem vê entraves na contratação de crédito (ABr). |
Tesouro Direto registrou recorde de investimento com R$ 19,438 bilhõesO Tesouro Direto fechou o ano de 2017 com recorde em investimentos, registrando 2,17 milhões de operações e aplicações de R$ 19,438 bilhões, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em média, ao longo do ano, 75,9% dos investimentos foram em valores até R$ 5 mil e 50,6% até R$ 1 mil. As participações dessas faixas de aplicação atingiram os maiores patamares desde o início da série histórica. De acordo com o Tesouro Nacional, esses dados refletem o maior acesso dos pequenos poupadores ao programa. O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet. Ele foi criado em 2002 para democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações com apenas R$ 30. O número de investidores também bateu recorde em 2017, os cadastrados chegaram a 1,83 milhão e os investidores ativos somaram 565.758. O balanço mostra ainda que cresceu a participação feminina entre os investidores cadastrados. As mulheres representavam 24,11% do total de investidores em dezembro de 2016 e passaram a ser 27,51% em dezembro do ano passado, atingindo participação recorde. Entre os títulos que compõem o estoque, os remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque: 60,1%. Em seguida, estão os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 23,1% e os títulos prefixados, com 16,8%. Os títulos de prazo menor são maioria (40,9%) e têm vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 37% e os com vencimento acima de 10 anos, a 18,1% do total. Cerca de 4% dos títulos vencem em até 1 ano. O programa atingiu, no ano passado, estoque recorde de R$ 48,5 bilhões (ABr). | Brasileiros acreditam que inflação ficará em 5,4%A expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes ficou em 5,4%, de acordo com levantamento feito neste mês pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é inferior ao 5,8% de dezembro de 2017 e é o menor resultado desde setembro de 2017 (5,2%). Em relação a janeiro de 2017, houve recuo de 2,5 pontos percentuais, já que, naquele período, a taxa havia ficado em 7,9%. De acordo com a FGV, a contínua queda da expectativa de inflação dos consumidores reflete de certa forma a divulgação da inflação de 2017 segundo a inflação oficial, o IPCA, que está em 2,95%, e o IGP-M (-0,52%). A FGV espera que, nos próximos meses, o indicador de expectativa de inflação apresente um comportamento mais estável, refletindo a trajetória do nível geral de preços da economia. |