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Economia 17/01/2018

em Economia
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
É primeira vez em quatro anos que um chefe de Estado brasileiro falará em Davos para a elite econômica mundial.

Temer, Doria e Meirelles vão a Davos vender um ‘novo’ Brasil

É primeira vez em quatro anos que um chefe de Estado brasileiro falará em Davos para a elite econômica mundial.

Com uma das maiores delegações dos últimos anos, o Brasil chega na semana que vem à cidade de Davos, na Suíça, na esperança de atrair investidores com o argumento de que existe uma retomada da economia

Na programação, o Fórum Econômico Mundial colocou na agenda o debate: “Moldando a nova narrativa do Brasil”. No dia 24 de janeiro, mesma data do julgamento do ex-presidente Lula, o presidente Temer apresenta sua agenda para 2018 em defesa da necessidade de reformas.
O debate contará ainda com o prefeito de São Paulo, João Doria, com Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, Candido Botelho Bracher, CEO do Itaú Unibanco, e Paul Bulcke, CEO da Nestlé. “Brasil é um dos seis países latino-americanos realizando eleições presidenciais em 2018”, indica Davos, em seu programa. “Quais são os principais conquistas atuais e qual visão têm líderes regionais e globais para o Brasil no futuro?”, questiona a entidade. Davos destaca que, em março, o evento regional do Fórum será sediado em São Paulo, com o título: “A América Latina em um momento de virada.”
Temer ainda terá a ocasião de falar para os empresários internacionais na manhã do dia 24, inclusive respondendo a perguntas. Essa será a primeira vez em quatro anos que um chefe de Estado brasileiro falará em Davos para a elite econômica mundial. No mesmo dia 24, Doria debaterá “as mudanças políticas” na América Latina, além de “reformas estruturais e como isso vem “remodelando o cenário regional”. O debate contará ainda com a presença do presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, com o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, com o ministro de Comércio do Equador, Pablo Campana, e com uma representante da entidade Transparência Internacional, Delia Rubio.
Pedro Parente, CEO da Petrobras, também marca a volta da empresa a Davos. Ele falará sobre transição energética, mudanças climáticas e inovação. A comitiva brasileira, uma das maiores em anos, ainda contará com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que falará sobre “os novos paradigmas de crescimento” nos países emergentes e sobre as reformas estruturais (AE).

Anvisa aprova novas regras para exposição de cigarros em locais de venda

As novas regras para comercializaão de cigarro precisam ser publicadas antes de entrarem em vigor.

A diretoria colegiada da Anvisa aprovou ontem (16) proposta de resolução que traz novas regras de exposição e comercialização de cigarros e outros produtos derivados do tabaco. Os diretores da Agência acataram o voto do relator, Fernando Mendes, pela regulamentação da forma como os maços de cigarros devem ser expostos nos locais de venda, que deverão seguir regras mais restritas de exposição das embalagens, como manter a maior distância possível entre os maços de cigarro dos produtos destinados ao consumo do público infantojuvenil, como balas e chocolates.
Os comerciantes também não poderão colocar nenhum recurso de marketing adicional, como cores, sons, iluminação direcionada, entre outros, aos mostruários ou vitrines que expõem as embalagens de cigarro. O representante da Aliança para o Controle do Tabagismo e Promoção da Saúde (ACT), Rafael Arantes, explicou que a regulamentação da exposição é necessária para evitar abusos por parte da indústria.
A pesquisadora Cristina Perez, do Projeto Internacional de Avaliação das Políticas de Controle do Tabaco (ITC), apresentou pesquisa divulgada pela revista científica Tobacco Control, que mostra que nos 77 países onde atualmente as propagandas de cigarro já foram banidas nos pontos de venda, houve redução média de 7% na prevalência do tabagismo entre adultos. Outro estudo apresentado pela pesquisadora mostra que 71% dos jovens que já viram cigarros em supermercados, padarias, ou bancas de jornais se sentem influenciados a consumir o produto.
O representante da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Lauro Júnior, argumentou que é “operacionalmente inviável que os expositores fiquem foram da área do caixa” em supermercados, padarias ou outros estabelecimentos que comercializam cigarro. Os produtores alegam que o caixa é mais seguro para evitar o contato direto dos jovens com os produtos. A resolução aprovada permite a exposição próxima à área dos caixas, desde que não tenha por perto alimentos ou outros produtos destinados para crianças e adolescentes (ABr).

PRF prendeu mais de 10 mil pessoas em 250 dias da Operação Égide

Mais de 10 mil pessoas foram presas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em 250 dias da Operação Égide, realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para conter a chegada de armas, drogas e contrabando ao país. A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Segurança Pública e teve um balanço divulgado ontem (16) pelo ministério, que contabiliza ainda a apreensão de 673 armas de fogo.
Os agentes atuam em três frentes para combater esses crimes, e as prisões foram realizadas tanto em flagrante quanto no cumprimento de mandados. Segundo o ministério, a Operação Égide intensificou a fiscalização nas rodovias federais dos estados que fazem fronteira com a Bolívia, Argentina e o Paraguai, e a aumentou também o cerco nos grandes corredores rodoviários que cruzam o país dessas unidades da federação até o Rio de Janeiro.
As etapas simultâneas do trabalho incluíram o Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul no primeiro grupo; Goiás, Minas Gerais e São Paulo no segundo; e Rio de Janeiro no terceiro. O resultado da fiscalização foi a apreensão de 154,8 toneladas de maconha, das quais 141 t foram encontradas em veículos que trafegavam nas estradas dos estados fronteiriços. Em todo o país, também foram apreendidas 3,52 toneladas de cocaína e crack, sendo 2,7 t nos estados mais próximos aos países vizinhos do Brasil (ABr).

Ferrero compra chocolates Nestlé nos EUA

O grupo italiano Ferrero comprará a divisão de doces e chocolates da multinacional suíça Nestlé nos Estados Unidos por US$ 2,8 bilhões. A aquisição incluirá mais de 20 marcas norte-americanas, como Butterfinger, Crunch, Baby Ruth, Wonka e Raisinets. A operação será concluída ainda no primeiro trimestre de 2018 e transformará a Ferrero na terceira maior empresa de doces nos EUA, onde é mais conhecida pelas balinhas Tic Tac, pelo creme de avelã Nutella e pelos bombons Ferrero Rocher.
“O negócio de doces da Nestlé nos Estados Unidos da América traz consigo uma carteira excepcional de marcas icônicas e ricas em história”, afirmou o presidente-executivo do grupo italiano, Giovanni Ferrero. A empresa superou a concorrência da norte-americana Hershey. Em 2016, a divisão de doces da Nestlé nos EUA faturou cerca de US$ 900 milhões, e a empresa suíça pretende se concentrar em setores de maior crescimento no mercado norte-americano, como cafés, comidas para animais e água (ANSA).