O presidente do Comitê Olimpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, renunciou ao cargo durante assembleia extraordinária realizada pela entidade.
A carta de renúncia foi lida pelo advogado de Nuzman, Sergio Mazzello, durante a assembleia do COB. “Reitero a minha completa exoneração de qualquer responsabilidade pelos atos a mim injustamente imputados, os quais serão devidamente combatidos pelos meios legais adequados”, diz no texto lido pelo advogado. Pelo estatuto, deve assumir o vice-presidente Paulo Wanderley.
Nuzman e o ex-diretor-geral da Rio 2016 Leonardo Gryner foram presos temporariamente na quinta-feira (5). Ambos são investigados pela Polícia Federal (PF) na Operação Unfair Play – Segundo Tempo, um desdobramento da Unfair Play, que revelou a compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016. Nuzman é apontado como responsável pelo pagamento de propina a membros do Comite Olímpico Internacional (COI).
Do lado de fora da sede do COB, atletas e ex-atletas protestavam com cartazes e palavras de ordem pedindo “diretas, já” na entidade. Eles defendem uma reforma no estatuto que dê direito de voto a todos os atletas brasileiros.
“São cerca de 400 mil federados no Brasil que não participam do processo de escolha dos dirigentes do COB”, diz o ex-nadador Djan Madruga (ABr).