Carlos Amorim (*)
Todo slogan de uma campanha procura concentrar os ideais políticos que orientam uma candidatura e que justificam o voto do eleitor.
A expressão “Juntos somos mais fortes”, que se constituiu no slogan da campanha de Hillary Clinton para a presidência dos Estados Unidos, merece a menção e toda a atenção, uma vez que sintetiza a mensagem central da candidatura da democrata à Casa Branca.
No caso de uma campanha presidencial, o slogan pretende contar qual é o problema que país enfrenta, quais são as soluções possíveis e por que o candidato é a melhor alternativa e essa questão vem bem ao encontro ao momento atual de nossa economia. Em tempos de crise e dificuldades políticas e econômicas como as vivenciadas hoje pelos brasileiros, se juntar para atingir objetivos parece bastante razoável, além de uma solução efetiva para a melhoria de vida de empresas, empresários e trabalhadores.
Um grande exemplo de grupos fortes são as entidades de classe, que através de seus associados conseguem alcançar resultados que se refletem no cotidiano tanto das empresas, quanto de seus funcionários e sociedade em geral.
As associações desenvolvem um importante papel de conscientização e fiscalização da sociedade, porque através de suas ações é que se criam espaços de partilha, pontos de encontro, dinâmicas desportivas, recreativas e culturais e, principalmente, promove-se a cidadania, defendendo seus associados, valorizando o profissional, zelando pela ética e a defesa dos participantes.
Diante disso é fácil entender porque as associações participam tão arduamente da economia nacional, são elas que defendem os direitos de seus associados, além de auxiliar para as melhorias de cada setor através de qualificação constante, cursos de atualização e outros serviços oferecidos para associados e sociedade em geral.
Ser associado a uma entidade torna a empresa ou a pessoa membro de um grupo que luta por um bem comum. Associar-se de qualquer forma e por objetivos comuns viabiliza maior participação e cria espaços de diálogo entre a sociedade organizada e o poder público, por isso tem tanto espaço para discutir e auxiliar indiretamente na economia nacional, afinal transita em todos os setores e consegue trilhar diálogos entre os interessados em fazer um país melhor.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é um exemplo prático disso, pois além de trabalhar para garantir segurança para empresas, consumidores e sociedade em geral, vai um pouco além, uma vez que a normalização garante que os produtos, serviços e processos tenham qualidade assegurada e, assim, contribuam para melhor relação entre fornecedor e comprador, fazendo a economia funcionar de forma constante e eficaz para o país.
(*) – Engenheiro mecânico, graduado pela Unesp, é Mestre em Ciências da Administração pela UFRJ e diretor de Relações Externas da ABNT.