142 views 9 mins

Economia 07/07/2017

em Economia
quinta-feira, 06 de julho de 2017
O mês de férias chegou e com ele o aumento dos preços de produtos e serviços.

Férias escolares vão pesar no bolso dos pais

O mês de férias chegou e com ele o aumento dos preços de produtos e serviços.

O mês de férias, tão aguardado pelas crianças, chegou e com ele veio também o aumento dos preços de produtos e serviços mais procurados no período

Entre julho de 2016 e junho de 2017, os preços avançaram 4,78%, ficando acima da inflação acumulada no mesmo intervalo de tempo (3,44%), de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV)).
O levantamento, realizado por André Braz, economista e coordenador do IPC do Ibre/FGV, mostra que a maioria dos itens destacados ficou mais cara em relação ao ano passado, tais como: milho de pipoca (14,96%), bolo pronto (13,51%) e pão de forma (11,21%). Há aqueles que subiram ainda mais, como: passagens aéreas (15,44%), teatro (14,85%) e show musical (12,07%). Apesar dos aumentos registrados, as despesas com alimentação avançaram menos que a inflação, subindo, nos últimos 12 meses, 0,63%. Entre os alimentos, a queda de 12,54% registrada nos preços das frutas desponta como principal contribuição para o arrefecimento dos preços desse grupo.
Segundo André Braz, para tentar driblar as altas e poder curtir o período sem abrir mão da economia, há boas alternativas. “Algumas cidades, como o Rio de Janeiro, contam com amplas áreas de lazer de baixo custo, como: praias, praças, museus e zoológicos. Esse tipo de programação não custa muito caro e ainda entreterem as crianças. Vale procurar também por descontos nos ingressos de teatro, shows e outras atrações culturais”, conclui (FGV).

Produção do setor eletroeletrônico cresceu 6% em maio

O incremento do setor eletroeletrônico foi superior ao da indústria geral, que atingiu 3,9%.

A produção do setor eletroeletrônico apontou crescimento de 6,2% no mês de maio de 2017 em relação ao mesmo mês de 2016. É o que mostram os dados divulgados pelo IBGE, e agregados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O incremento do setor eletroeletrônico foi superior ao da indústria geral, que atingiu 3,9%.
O aumento da produção da indústria eletroeletrônica ocorreu em função da alta de 25,9% na atividade industrial eletrônica, uma vez que a indústria elétrica retraiu-se 7,0%. “Desde dezembro do ano passado, com exceção do mês de abril, a produção do setor vem apresentando resultados positivos quando comparados com os iguais períodos do ano anterior”, diz o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
Apesar do resultado, ele observa com cautela o momento, principalmente em função das turbulências políticas que podem comprometer o processo de retomada. “Os dados mostram o começo de um movimento positivo na economia. “Oxalá esta tendência se mantenha, apesar das turbulências politicas”, afirma Barbato.
No acumulado de janeiro a maio de 2017, a produção industrial do setor eletroeletrônico aumentou 3,7% em relação ao igual período de 2016. Este incremento foi consequência da expansão de 19,5% na produção da indústria eletrônica, visto que a indústria elétrica recuou 6,8% (Abinee).

Menos burocracia para entidades sem fins lucrativos

Pequenas entidades e associações sem fins lucrativos poderão enfrentar menos burocracia na prestação de contas ao fisco. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou parecer favorável ao projeto do senador José Medeiros (PSD-MT), que cria uma declaração única de informações socioeconômicas e fiscais da pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos de pequeno porte.
Atualmente, essas entidades, que integram o chamado Terceiro Setor, devem manter escrituração contábil regular e completa que registra as receitas e despesas e precisam apresentar todas as declarações exigidas pela legislação tributária. Para o relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o projeto vai ao encontro do interesse público e contribui para a simplificação da vida das entidades de pequeno porte do Terceiro Setor.
“Isso estimula a proliferação de instituições tão importantes, responsáveis por aperfeiçoar a prestação e o controle dos serviços públicos nacionais, realizar atividades de filantropia, aumentar o acesso à saúde, à educação e à cultura, melhorando a qualidade de vida da população”,- afirmou o relator (Ag.Senado).

Maioria dos consumidores inadimplentes têm entre 41 e 50 anos

Estudo desenvolvido pela área de Decision Analytics da Serasa Experian, responsável por análises de informações sobre os consumidores e empresas, mostra o mais atualizado perfil do inadimplente brasileiro. O levantamento é referente a maio de 2017, quando o número total de consumidores negativados atingiu o recorde histórico de 61 milhões, impulsionado pelo desemprego e a recessão econômica. O estudo mostra que a maioria dos inadimplentes (19,4%) tem idade entre 41 e 50 anos.
Em segundo no ranking de participação entre os inadimplentes estão os jovens de 18 a 25 anos, que respondem por 14,9% do total. Os homens representam 50,9% dos inadimplentes. A classe social mais atingida é a que tem entre 1 e 2 salários mínimos, que representa 39,1% do total. Em seguida, vem a classe que ganha entre 2 e 5 salários mínimos (11,7%). A maioria dos 61 milhões de inadimplentes possui apenas uma dívida (37,3%). O estudo também aponta que 30,7% dos consumidores negativados possuem quatro dívidas ou mais.
O percentual de consumidores com duas dívidas é de 19,9% e 12,1% do total possui três dívidas. Segundo Julio Guedes, diretor de Decision Analytics da Serasa Experian, a Serasa pode auxiliar as empresas credoras a tomar as melhores decisões para recuperação de crédito. “É essencial que o mercado possa entender o cenário econômico, por meio de análise de informações, para desenvolver estratégias que possam impulsionar o crescimento do país” (Serasa Experian).

Crescimento do setor atacadista distribuidor

O faturamento do setor atacadista distribuidor cresceu 9,9% em maio em relação a abril. Na comparação com o mesmo mês de 2016, houve alta 0,84%. No acumulado de janeiro a maio, o setor registrou queda de 5,27% ante o mesmo período de 2016. Em termos nominais, houve crescimento de 9,43% em maio em relação ao mês anterior e de 4,47% em relação maio de 2016. No acumulado do ano houve retração de 1,03%, segundo dados da pesquisa mensal da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD).
Os resultados estão relacionados à redução da taxa básica de juros, à inflação controlada e ao desemprego estável, que ajudam a melhorar as expectativas do setor. “O faturamento foi influenciado positivamente pelo cenário favorável. A retomada econômica poderia estar encaminhada não fosse a persistente turbulência no campo político, que influencia diretamente a confiança de consumidores e empresários”, diz a ABAD em nota (ABr).