Ministro da Saúde, Ricardo Barros. |
Após participar ontem (29) de reunião na sede da Fiesp, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que o problema dos dependentes de drogas removidos pela prefeitura de São Paulo da região da Cracolândia, deve ser enfrentado. Barros preferiu não julgar as ações adotadas na capital e disse que os prefeitos têm que oferecer uma solução para suas questões.
“Temos ações descentralizadas no SUS, mas cada gestor age da forma como entende que é necessária. No caso da Cracolândia, esperamos que se encontre uma maneira conciliatória de recuperar essas pessoas para a sociedade”, disse. A prefeitura de São Paulo chegou a pedir à Justiça autorização para internar compulsoriamente os dependentes químicos. No domingo (28), a pedido do MP e da Defensoria Pública, o TJ-SP suspendeu a decisão que permitia a remoção.
Segundo o ministro, o Departamento de Saúde Mental, no Ministério da Saúde, vem acompanhando a situação. Ele destacou que o SUS não tem política para internação compulsória, assim, cada cidade avalia a medida mais adequada a ser adotada. “O Judiciário sempre acaba sendo acionado para dirimir este conflito de direitos, de alguém que quer morar na rua e de alguém que quer usar a calçada para poder transitar”, afirmou.
Em discurso para representantes de entidades e empresários, o ministro garantiu ser impossível que haja redução do orçamento para a Saúde. “Educação e saúde terão orçamentos crescentes. As demais áreas do governo vão ter que enxugar”, disse. Ao ser questionado por pesquisadores, o ministro disse ainda que apoia o uso do canabidiol no tratamento de pacientes com epilepsia. “Temos interesse de acelerar isso, porque é bom e barato” (ABr).