A Organização Internacional do Trabalho (OIT) anunciou na sexta-feira (28), Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho, que cerca de 2,3 milhões de pessoas morrem e 300 milhões ficam feridos todos os anos no mundo em acidentes de trabalho. Segundo o diretor do Escritório da OIT em Nova York, Vinícius Pinheiro, “a cada cinco minutos, cerca de 20 trabalhadores morrem por acidentes fatais e cerca de 3 mil sofrem acidentes ao redor do mundo. A OIT estima que esses acidentes custam cerca de 4% do PIB mundial em termos de dias perdidos, gastos com saúde, pensões, reabilitação e reintegração.”
Pinheiro disse ainda que os 2,3 milhões de mortes anuais representam apenas a “ponta do iceberg”. Segundo ele, grande parte dos acidentes não são reportados e por isso a OIT escolheu como tema para a data a necessidade de melhorar as informações sobre os acidentes. Os cálculos sobre mortos e feridos não refletem a magnitude do problema, nem o impacto real dos acidentes e doenças ocupacionais sobre os trabalhadores, famílias e economias. A OIT afirma que “é necessário ter um melhor sistema de dados nacionais para que as autoridades possam compreender a dimensão e as consequências dos acidentes relacionados ao trabalho, assim como ferimentos e doenças”.
A partir dos chamados “dados de segurança ocupacional e de saúde, a meta é preparar políticas e estratégias eficazes para combater os problemas. A agência da ONU declarou que dados confiáveis facilitam a determinação de prioridades e servem de base para calcular o progresso no setor. Segundo os especialistas, os países que tiverem informações corretas e atualizadas terão mais condições de implementar o plano de ação global para acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar prosperidade para todos, seguindo a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável das Nações Unidas (ONU News).
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