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Economia 07/04/2017

em Economia
quinta-feira, 06 de abril de 2017
A taxa de março foi calculada com base nos preços coletados entre 1º e 31 do mês de referência.

Preços pelo IGP-DI fecham março com deflação de 0,38%

A taxa de março foi calculada com base nos preços coletados entre 1º e 31 do mês de referência.

A inflação, medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), fechou março com forte desaceleração

Houve deflação (inflação negativa) de 0,38%, resultado que chega a ser 0,44 ponto percentual inferior ao de fevereiro: alta de 0,06%. Em março de 2016, a variação atingiu 0,43%.
Os dados relativos ao IGP-DI foram divulgados ontem (6), no Rio de Janeiro, pelo Ibre da FGV).
Eles indicam que a alta acumulada pelo indicador nos três primeiros meses do ano foi de 0,12%. Em 12 meses, o IGP-DI acumula alta de 4,41%. A taxa de março foi calculada com base nos preços coletados entre 1º e 31 do mês de referência. O comportamento dos preços ao produtor foi decisivo para a taxa negativa, uma vez que os preços ao consumidor e da construção fecharam com resultado positivo. No primeiro caso, houve aceleração de preços frente ao mês imediatamente anterior e no segundo, desaceleração, embora a taxa ainda tenha fechado com variação positiva.
Principal responsável pelo deflação do IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acusou inflação negativa de 0,9 ponto percentual, ao passar de uma deflação de 0,12% em fevereiro para 0,78% em março. O IPA responde por 60% dos preços do IGP-DI. A redução de quase 1 ponto percentual entre fevereiro e março foi puxada pelos grupos Bens Intermediários e Matérias-Primas Brutas, embora todos os três grupos componentes do IPA tenham fechado com variação negativa.
No caso dos Bens Intermediários a deflação chegou a 0,89%, revertendo uma alta de 0,21% em fevereiro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,81% para -0,7%. Já no grupo das Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação passou de -0,51% em fevereiro para -1,51% em março, neste caso uma redução de preços de 1 ponto percentual. Os destaques no sentido descendente foram: milho (em grão) (-4,82% para -9,63%), laranja (9,66% para -1,97%) e mandioca (aipim) (-0,03% para -5,06%).
Em sentido ascendente, minério de ferro (1,56% para 3,41%), bovinos (-2,67% para -0,71%) e aves (-2,73% para -0,50%). Embora tenha fechado com variação positiva, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve desaceleração ao passar de 0,47% em março para 0,31% no mês anterior (ABr).

Kassab: cresce a chance de ‘intervenção’ na Oi

Ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab.

Com o passar do tempo, aumenta a chance de intervenção do governo na empresa Oi. A afirmação é do ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, que esteve ontem (6) reunido com a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, no Ministério da Fazenda, em Brasília. “À medida em que o tempo passa é evidente que a solução está distante ou está havendo dificuldade. O governo entende que, na medida em que o tempo esteja passando, aumenta a chance de intervenção”, disse o ministro.
Ele reiterou que o governo espera que haja uma solução de mercado para a empresa, em recuperação judicial. Mas o governo deve divulgar nos próximos dias uma medida provisória com regras para fazer a intervenção. “Quando surgiu essa hipótese de intervenção em uma concessão, o governo despertou para ter uma legislação mais ampla, porque temos hoje diversas concessões no Brasil e o que está acontecendo eventualmente pode acontecer em outra concessão. Mas, por ser ampla, precisa ser elaborada com muito cuidado. O capital privado precisa ter segurança. Não pode achar que o governo pode, a qualquer momento, intervir”, disse.
O Grupo Oi, que detém o maior número de clientes de telefonia fixa do país, entrou com pedido de recuperação judicial em junho de 2016. O processo tramita na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro e envolve sete empresas acionistas da companhia (ABr).

Restituição do Imposto de Renda

A Receita Federal vai abrir, a partir das 9h00 de hoje (7), consulta ao lote multiexercício de restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física referente aos exercícios de 2008 a 2016. O crédito bancário para 104.963 contribuintes será realizado no dia 17, totalizando R$ 216,9 milhões.
Desse total, R$ 84,2 milhões são contribuintes que tem preferência para receber: 19.043 idosos e 1.812 pessoas com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave. Os montantes de restituição são corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic.
Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone 146. A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com o aplicativo é possível consultar diretamente nas bases da Receita informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF (ABr).

Setor eletroeletrônico cresceu 2,6% em fevereiro

A produção do setor eletroeletrônico apontou crescimento de 2,6% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2016. É o que mostram os dados divulgados pelo IBGE e agregados pela Abinee. O resultado foi puxado pelo desempenho da indústria eletrônica, que apresentou expansão de 13,1%, enquanto a indústria elétrica sofreu decréscimo de 4,7%.
No acumulado de janeiro-fevereiro, a produção apresentou aumento de 3,2% na comparação com igual período de 2016, resultado de uma expansão de 17% na produção da indústria eletrônica e de queda de 6,1% na elétrica. O presidente da Abinee, Humberto Barbato, destaca que este é o terceiro mês consecutivo em que a produção apresenta crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em dezembro de 2016, foi registrada expansão de 8% e em janeiro o aumento foi de 4%.
“Temos observado desempenhos mais favoráveis nos indicadores de produção e emprego do setor este ano, o que traz ânimo para a indústria”, afirma Barbato. Ele observa, entretanto, que a há uma grande preocupação a respeito da recente decisão do governo de acabar com a desoneração da folha de pagamento. “A reoneração da folha, neste momento, vai tirar o fôlego das empresas, podendo inviabilizar a retomada efetiva do crescimento da atividade”, avalia (Abinee).