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Economia 29/03/2017

em Economia
terça-feira, 28 de março de 2017
Mais de 1.700 km de linhas de transmissão foram agregados ao Sistema Interligado Nacional.

Eletrobras tem lucro de R$ 3,4 bilhões, após quatro anos de prejuízos

Mais de 1.700 km de linhas de transmissão foram agregados ao Sistema  Interligado Nacional.

A Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) fechou 2016 com lucro líquido de R$ 3,4 bilhões, revertendo quatro anos consecutivos de resultados negativos e um prejuízo de R$ 14,4 bilhões em 2015

Os dados, já encaminhados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), indicam que o principal impacto positivo foi motivado pelo reconhecimento contábil referente à Rede Básica Sistemas Existentes (RBSE – ativos de transmissão antes de 2000), cujo efeito líquido – descontados os impostos – atingiu R$ 18,876 bilhões.
Segundo o balanço encaminhado à CVM, os principais impactos negativos em 2016 foram referentes aos prejuízos das empresas de distribuição, que totalizaram R$ 6,985 bilhões. Também causaram impacto negativo as provisões referentes ao valor recuperável dos ativos a preços de mercado (impairment), somando R$ 2,886 bilhões, além do contrato oneroso relativo à Usina Nuclear de Angra 3 (em fase de construção), no total de R$ 1,350 bilhão.
No último trimestre do ano, a estatal fechou com receita operacional líquida de R$ 12,2 bilhões, resultado cerca de 55% maior do que o de igual período de 2015. Em 2016, a Eletrobras agregou 1.465 megawatts (MW) a seu parque gerador e ampliou e somou ao Sistema Interligado Nacional (SIN) mais de 1.766 quilômetros de linhas de transmissão. Por outro lado, em 2016 o Ebitda da companhia (lucro operacional de caixa antes da incidência de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 3,496 bilhões. Em 2015, este resultado havia sido negativo em R$ 10,7 bilhões (ABr).

Carne Fraca: Hong Kong suspende embargo

A limitação, agora, se restringe aos produtos dos 21 frigoríficos que são alvo de investigação.

As autoridades sanitárias de Hong Kong anunciaram ontem (28) a suspensão de parte do embargo à carne e derivados de frigoríficos brasileiros. A limitação, agora, se restringe aos produtos oriundos dos 21 frigoríficos que são alvo de investigação na Operação Carne Fraca, que apura irregularidades na produção e fiscalização do setor. Hong Kong integrava o grupo de países que proibiram totalmente a entrada da carne brasileira.
Em nota, o governo do território semiautônomo chinês diz que a suspensão parcial do embargo foi uma resposta às informações prestadas pelas autoridades brasileiras reafirmando a segurança e o rígido controle do sistema de produção alimentar. O governo brasileiro comentou o anúncio em nota da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República: “com essa medida, todos os grandes mercados para exportações de carnes brasileiras encontram-se novamente reabertos”.
“Trata-se de uma vitória para o setor agroexportador brasileiro e um resultado importante logrado pelos esforços conjuntos do Ministério da Agricultura, do Itamaraty e do Consulado-Geral do Brasil em Hong Kong”, diz a nota. Na semana passada Hong Kong recolheu do mercado os produtos oriundos dos 21 frigoríficos investigados na operação (ABr).

Inflação da construção civil caiu em março

O Índice Nacional de Custo da Construção –M (INCC-M) registrou inflação de 0,36% em março, abaixo do resultado de fevereiro (0,53%). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o custo da construção civil teve um aumento acumulado de 5,87% em 12 meses.
Em março, a maior alta de preços foi observada pela mão de obra, com uma inflação de 0,45%. Entre os componentes da mão de obra, as taxas de inflação foram as seguintes: auxiliar (0,47%), especializado (0,44%) e técnico (0,43%).
Já o custo relativo a materiais, equipamentos e serviços teve uma variação de preços de 0,26%. A principal alta de custo foi observada nos equipamentos para transporte de pessoas (1,37%) (ABr).

Número de inadimplentes cresce no país

O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso chegou a 23,7% em março, segundo dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada ontem (28), no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). A taxa é superior aos 23% de fevereiro deste ano e aos 23,5% de março do ano passado. As famílias que não terão condições de pagar as contas também aumentaram, chegando a 9,9%. Em fevereiro, eram 9,8% e, em março de 2016, 8,3%.
O percentual de famílias com dívidas (em atraso ou não) atingiu 57,9% em março. Apesar de ficar acima dos 56,2% de fevereiro deste ano, a parcela de endividados ficou abaixo dos 60,3% de março do ano passado. A maior parte das dívidas (76,6%) é de cartão de crédito. Também são fontes importantes de dívidas os carnês (15,1%), financiamentos de carro (10,2%), crédito pessoal (9,7%) e financiamento de casa (8,3%) (ABr).

Petros vende participação em empresa de shopping

Em busca de geração de liquidez para o plano de previdência privada dos funcionários da Petrobras, a Petros concluiu a operação de desinvestimento do fundo na Iguatemi Empresa de Shopping Center. A operação envolve R$ 567,680 milhões. Segundo nota divulgada ontem (28), a operação foi realizada em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Nela, foram colocados à venda 10,2% da participação acionária que a Petros detinha da Iguatemi.
“A efetivação da venda das 18.021.602 ações ordinárias por R$ 567,680 milhões gera liquidez principalmente para o Plano Petros do Sistema Petrobras, de benefício definido, que concentrava cerca de 75% dos papéis”, diz a nota. O comunicado ressalta ainda que “o resultado final do certame foi de R$ 31,50 por ação, valor 10,5% superior à cotação média de R$ 28,50 dos últimos 12 meses e 28,2% maior do que o preço do papel há um ano (R$ 24,57). O valor de venda também superou a média do preço da ação nos últimos 60 pregões (R$ 30,4)” (ABr).