Profissionais e TI: como se destacar no mercadoQuando o assunto é contratação de pessoas, o setor de tecnologia parece ser um dos poucos que não sofre com a atual conjuntura do País Cristiano Felicissimo (*) Enquanto outras áreas estão enxugando equipes, em TI sempre existem vagas abertas, o que faltam são pessoas qualificadas. Contudo, se engana quem acredita que preencher estas vagas é uma tarefa fácil. Pelo contrário! Ainda que o mercado tenha ótimos profissionais, nem sempre a capacidade técnica é suficiente para atender as demandas das companhias. As exigências têm aumentado e os profissionais precisam se preparar muito para se destacarem. Um estudo divulgado pela Robert Half Technology neste ano revelou que a maioria dos CIOs expandirá suas equipes de TI ou se concentrará em preencher vagas, enquanto o IT Forecast 2017, da TEKsystems, mostra que a confiança é alta e os orçamentos de TIestão se recuperando. Além disso, a pesquisa The Network Skills in Latin America, divulgada em 2016, aponta que faltarão 449 mil profissionais para ocupar vagas abertas na região até o fim da década. O levantamento mostra ainda que Brasil tem a maior lacuna de habilidades em rede da região: somente em 2015, o país teve um déficit de 195 mil profissionais capacitados e empregados em tempo integral, um número que deve diminuir para 161 mil até 2019. Ou seja, a necessidade por pessoas atuantes no setor de TI existe e é cada vez mais latente. Cabe a cada um investir em sua carreira para ocupar de maneira satisfatória as posições disponíveis. Por isso, destaco as principais dificuldades encontradas atualmente na hora de contratar. Quem atender estes quesitos, sem dúvida sairá na frente. • Fluência em inglês e espanhol: parece redundante mencionar este ponto, mas ainda é um problema recorrente na hora de contratar. Existem casos em que no currículo o profissional afirma ter fluência, mas na entrevista percebemos que não é bem assim. Ainda existe a dificuldade em realizar apresentações nestas línguas e este é um quesito importantíssimo! Sem contar que é necessário conhecimento nestes idiomas para se atualizar, pois a grande parte das inovações que buscamos trazer para os clientes vêm de fora. • Conhecimento de negócios: hoje em dia não basta ter bom conhecimento técnico, é preciso conseguir mostrar para o cliente o impacto que a tecnologia terá na gestão da empresa. O profissional de TI que não consegue fazer isso se torna dispensável. Ter boa capacidade de trabalho em equipe, resolução de problemas, gerenciamento de projetos e pessoas, criatividade e inovação, comunicação e uma atitude empreendedora também são quesitos importantes para quem pretende se destacar nesta área. • Aprendizado contínuo: é comum que os profissionais se acomodem após a graduação e algumas certificações, mas é fundamental estar sempre se atualizando, mesmo em momentos de recessão – quando, por questões econômicas, há um investimento menor ou nulo em novos cursos, certificações e pós-graduação. IoT, cloud e computação cognitiva, por exemplo, são áreas difíceis de encontrar pessoas que entendam tecnicamente, a maioria apenas vende conceito. Vale lembrar que se houver a necessidade de demitir um profissionalserá o menos capacitado e não o que possui mais conhecimento. Com tantas inovações tecnológicas surgindo a cada dia, surgem – quase na mesma velocidade – vagas para profissionais efetivamente capacitados e atualizados, preparados para trazer essas tendências para dentro das companhias e traduzí-las em real valor para os clientes. As oportunidades estão ai, em empresas dos mais diversos portes e setores. Portanto, cabe a cada profissional investir em sua carreira e se preparar adequadamente para as melhores posições. (*) É diretor de pré-vendas da Seal Telecom – integradora de soluções customizáveis, que agrega tecnologias inovadoras para o desenvolvimento de projetos eficientes e viáveis economicamente. Headset Plantronics recebe prêmio IF de Design
A fabricante que desenvolveu o headset utilizado para a primeira viagem à Lua, a Plantronics foi mais uma vez premiada pela inovação no Fórum Internacional de Design (IF). O painel de jurados escolheu o headphone wireless BackBeat PRO 2 como vencedor na categoria áudio – este é o 10° ano consecutivo em que a companhia leva o selo de distinção oferecido aos ganhadores. O IF Design Award é, há mais de 60 anos, sinônimo de excelência em design. Este ano, foram avaliados 5500 concorrentes de 59 países diferentes nos quesitos: Inovação, Funcionalidade, Qualidade de Design, Material, Ergonomia e Compatibilidade Ambiental, entre outros critérios de escolha (www.plantronics.com/br).
| Especialista aponta cinco dicas para as empresas vencerem a crisePeríodos de apatia econômica podem ser a perfeita oportunidade para revisitar e amadurecer a estratégia de marca, uma grande chance para reavaliar a melhor forma de ganhar eficiência e produtividade, além de fortalecer um diferencial perante os concorrentes. É hora de analisar friamente a empresa, competidores, mercados estratégicos e clientes, para entender se estes tendem a se comportar diferentemente em momentos como os dias atuais. Gabriel Rossi, professor da ESPM e diretor da Gabriel Rossi Consultoria de Marketing, separou cinco dicas para driblar a crise e obter o lucro: 1) Segmentação: As lições para economia em recessão são claras. As empresas devem segmentar seus consumidores e focar nos mais lucrativos e influentes. Quem são eles? Como se sabe isso? É fundamental entende-los. Qual a sensibilidade dos clientes aos fatores de qualidade, narrativa, entrega, preços… Existem novos segmentos de mercado a serem traçados? Se houver, quem são e como são esses potenciais consumidores? É preciso decidir qual público atingir, estudar suas características e conhecê-lo a fundo. Com este perfil em mãos, o empreendedor não apenas saberá com quem está falando, mas como e o que falar e por quais ferramentas. 2) Pós venda: A gestão das mídias sociais tornou-se uma parte essencial no desenvolvimento do negócio. É um momento para descobrir e impor os diferenciais frente aos concorrentes e o mercado. Ações que vem se mostrando positivas nas redes sociais são as de relacionamento e pós venda. Muitos cometem o erro crasso de acreditar que o marketing termina quando a venda é efetivada. Puro equívoco! Continuando sua história com o cliente de uma maneira singular, você construirá laços que gerarão incremento nas vendas, indicação via comunicação boca a boca e , sem contar, os insights e feedbacks que eles lhe darão. 3) Usar o passado como ferramenta do presente: As pessoas tornam-se nostálgicas em momentos difíceis. Nós, consumidores contemporâneos, tendemos a acreditar que dias do passado são dias melhores. As pessoas sentem carinho por lugares e objetos que evocam e remetem tempos mais saudosos e aprazíveis. São produtos e peças de comunicação que representam integridade, estabilidade e felicidade. Nesses casos, as marcas tentam ajudar seu público a se sentir bem em relação ao mundo. 4) Estimule o “boca a boca” focando no básico: Os consumidores estão cada vez mais mutantes, requerendo dinamismo por parte das empresas. Os princípios fundamentais e cardiais do marketing continuam presentes e se amplificam. O “boca a boca”, o santo graal do marketing, nunca esteve tão em evidência, pois tudo aquilo que é falado sobre a empresa fica guardado para a posteridade em rastros digitais. Por isso, estimular debate é fundamental. Também é importante lembrar que a melhor fórmula para o sucesso é sempre focar no básico, em humanizar seu atendimento e criar um contato direto com o consumidor. 5) Economia Colaborativa: a tendência veio para ficar, especialmente porque é regida por três grandes forças: social (as pessoas compartilham mais, por exemplo), econômica (escassez de recursos) e tecnológica (ascensão de uma geração que cresceu com a internet e se conecta com outras pessoas em proporções muito maiores do que antes). Um mercado está surgindo. A ruptura continua. As corporações ainda podem escolher em qual lado da história querem estar. E aí se incluem os taxistas. Fazer parte dessa revolução repensando modelos de negócios e fomentando essas iniciativas (encontrando uma denominador comum para o tipo de retorno que espera) ou assistir de camarote e provavelmente serem guilhotinados? É um caminho sem volta. (Fonte: Gabriel Rossi – é palestrante profissional em marketing, estrategista especializado na construção e no gerenciamento de marcas e reputação e diretor-fundador da Gabriel Rossi Consultoria, com passagens por instituições como Syracuse/Aberje, Madia Marketing School, University of London e Bell School. Especialista convidado para lecionar no curso de extensão da Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP) e na pós-graduação de Marketing da USP. Crowdsourcing é saída para “libertar” o trabalho e potencializar a exteligência das empresasGabriel Matias (*) Os empregos formais, com estabilidade profissional e plano de carreira, não são mais sonho de consumo de todos os profissionais nos dias de hoje O trabalho como freelancer, além de ser resultado de uma nova economia, com a terceirização dos serviços, a especialização em determinados segmentos e a sobrevivência em momentos de crise, é uma tendência mundial entre os que desejam mais qualidade de vida e flexibilidade. As mais variadas áreas do conhecimento estão se adaptando a essa realidade e os trabalhos realizados por meio de projetos com começo, meio e fim, em vez do tradicional emprego fixo, ganham mais espaço. O mercado da comunicação e do marketing, por exemplo, é um case interessante a respeito desse assunto. Entretanto, apesar de serem áreas que costumam desenvolver jobs pontuais e que podem se beneficiar da contratação de profissionais para esses trabalhos de acordo com experiência, disponibilidade e valores, nem todos enxergam assim. Essas indústrias precisam se reinventar, pois, se por um lado as agências e os veículos vivem uma crise de identidade, por outro os clientes não se sentem plenamente atendidos em suas necessidades. Mas o que se vê é a velocidade das mudanças cada vez mais acelerada e as empresas ainda contratando, prestando serviços e gerindo mão de obra como se fazia em 1950. É fato que as corporações do setor têm passado por um momento difícil. Além de sofrerem pressão extrema por parte dos clientes para reduzirem seus custos e aumentarem a agilidade e qualidade na entrega dos seus trabalhos, há duas grandes dificuldades: manter uma equipe fixa com altos custos para atender a demandas variáveis em um cenário com cada vez mais especializações e motivar os profissionais internos da geração Y, diminuindo o turnover. Em um mercado que cada vez mais atua por projetos, há grande perda de oportunidades nos picos de trabalho, por falta de uma equipe grande e multidisciplinar, ou ociosidade nos períodos de menor demanda e times inchados, o que gera um custo fixo alto. Ao mesmo tempo em que os empresários estão insatisfeitos com esse modelo tradicional engessado, muitos profissionais também não estão felizes e motivados. Não veem sentido em se deslocar todos os dias para realizar algo que poderia ser feito remotamente ou trabalhar em demandas que não gostam ou não dominam por estarem alocados em uma única empresa e precisarem atender ao que lhes for solicitado. Isso sem falar na limitação do seu potencial criativo ao horário comercial, quando nem sempre é o período mais produtivo do funcionário. E foi justamente pensando em desenvolver uma alternativa ao modelo tradicional de trabalho que foi criada a Agência Crowd, em 2013. Acreditando em um formato que expande os limites profissionais para muito além de restrições trabalhistas, geográficas ou temáticas, ela realiza 100% dos projetos para os quais é contratada por meio do CROWDSOURCING. Para isso, foi montada uma rede própria de colaboradores que trabalham sob a coordenação dos Líderes de Projeto / Atendimentos que ficam na sede da agência, em São Paulo, e fazem parte do seu enxuto time. A maioria das plataformas de freelancers disponíveis no mercado não é realmente focada nas necessidades das empresas contratantes nem prima pelo trabalho com profissionalismo e formalidade. Então, depois de três anos com um sistema até então exclusivo e que trouxe excelentes resultados para a Agência, no final de 2016 a Crowd passou a disponibilizar sua plataforma para outras empresas de comunicação e marketing. Além de conectar contratantes a prestadores de serviço, o sistema intermedeia as contratações, cuida das questões burocrática, jurídica e financeira e fornece uma ferramenta de gestão de mão de obra terceirizada. Em três meses no ar, mais de 150 empresas e 5 mil profissionais, como designers, programadores, redatores, fotógrafos, jornalistas, tradutores, produtores de vídeo e social media, já trabalham pela Crowd. As metas são chegar ao final do ano com 1.200 empresas assinantes e 20 mil freelancers; a 2018 com 3 mil clientes e 80 mil profissionais, iniciando sua expansão internacional. Uma das medidas tomadas para evitar que haja um leilão entre os prestadores de serviço a fim de conquistar o cliente apenas pelo preço, as empresas que contratam por meio da plataforma só podem selecionar até dez profissionais para solicitar orçamentos privados. Afinal, uma das batalhas da Crowd é para que o trabalho seja sério e bem-feito e, em contrapartida, bem pago. O maior objetivo da plataforma Crowd é libertar o trabalho das amarras do emprego fixo, potencializando a exteligência (conhecimento que está fora, disponível no mundo) das agências e prestadores de serviços de marketing/comunicação por meio de uma rede de milhares de profissionais qualificados. Dessa forma é possível trabalhar como uma grande comunidade, mantendo internos na empresa apenas a inteligência e times permanentes reduzidos, transformando o custo fixo em variável com mais agilidade, especialização e motivação. (*) Começou a empreender aos 18 anos com uma agência e produtora digital. Trabalhou como Head de Marketing Digital da Amil e fundou a Crowd em 2013. Com MBA de Gestão e Marketing Digital na ESPM e curso de Inovação e Empreendedorismo na Duke University, participou dos livros “O Vendedor do Futuro” e “101 empreendedores relevantes de Alphaville e região”. |