Cresce número de idosos com alto risco de sofrer fraude no paísEstudo divulgado ontem (26) pela Serasa Experian revela que o percentual de idosos com chance de ser vítima de fraudes no país cresceu de 36,5%, no primeiro semestre de 2014, para 43,6%, no mesmo período de 2016 Dentro dessa faixa etária, o sexo masculino representa a maioria (71,6%) de vítimas em potencial, e o principal golpe cometido é o roubo de identidade para firmar negócios ou obter crédito. A pesquisa usou como base um grupo de pessoas com alta propensão a ser vítima de fraude, conforme o banco de dados da instituição. Os dados mostram que o público entre 25 e 59 anos é o principal alvo (49,9%), à frente, inclusive, dos idosos (43,3%). No entanto, foi entre as pessoas acima de 60 anos que a prática desse tipo de crime mais cresceu. Em terceiro lugar como vítima de fraudadores está o grupo que reúne jovens de até 24 anos (4,9%). Para o especialista em prevenção a fraudes da Serasa, Daniel Nascimento, o aumento dos crimes contra idosos se explica pelo fato de que esse é um público que tem mais dificuldade em realizar operações bancárias e se adaptar ao uso da tecnologia empregada em caixas eletrônicos. “Além disso, o homem é mais visado porque, na maior parte das fraudes com documentos, o criminoso também é do sexo masculino e precisará, em algum momento, se passar pela vítima”, disse. Ainda de acordo com o estudo, dentro do elevado grau de risco, homens com idade entre 25 e 59 anos, renda entre R$ 850 e R$ 1.075 e residentes na região Sudeste do país são os principais alvos dos fraudadores, porque pessoas dentro dessa faixa etária estão economicamente mais ativas: “Esse perfil se encaixa no grupo que normalmente busca pequenos financiamentos para a compra de itens como eletrônicos e eletrodomésticos”. Para evitar cair em fraudes, o especialista alerta que é importante nunca perder de vista documentos, cartão de crédito e folhas de cheque e recomenda que, ao sair na rua, a pessoa leve apenas documentos necessários. Outro cuidado importante é não repassar informações sobre documentos e dados pessoas por telefone, mesmo que o atendente tenha alguns dados reais da pessoa. Em casos envolvendo chamadas por telefone, a recomendação de Nascimento é buscar um telefone oficial da empresa e retornar a ligação (ABr). |
População em favelas paulistanas cresce mais do que no restante da cidadeUm estudo do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), realizado a pedido da Secretaria Municipal de Habitação da Prefeitura de São Paulo, revelou que o número de favelas, de domicílios e de moradores nessas áreas cresceu “moderadamente” entre 2000 e 2010, mas a taxas maiores do que o restante da cidade. No total, 11% da população de São Paulo ainda vive em favelas. O estudo quantificou o número de moradores em favelas e em loteamentos irregulares no município de São Paulo, tomando como base de comparação principalmente os censos populacionais de 2000 e 2010, entre outros dados. Nesse período, o número de favelas na capital paulista cresceu de 2.018 para 2.098, assim como o número de domicílios, de 291.983 para 361.831, e de moradores em áreas de favela, de 1.172.043 para 1.307.152. “Esse resultado é compatível com os processos de verticalização e com a consolidação do “padrão alvenaria que hoje desenha a paisagem das favelas paulistas”, diz Eduardo Cesar Marques, pesquisador do CEM e coordenador do estudo. “E é igualmente compatível com a redução do tamanho das famílias que atualmente se observa no conjunto da população brasileira”. O estudo também constatou que, entre 2000 e 2010, as condições sociais e urbanas no município como um todo melhoraram, apesar de o acesso a redes de esgotos ainda se constituir no indicador mais precário. “Mas as diferenças entre favelas e no interior de grandes favelas ainda são muito fortes”, constatou Marques. A população residente em favelas foi classificada em cinco grupos com características distintas: os quatro primeiros vivem em favelas que têm condições entre boas e ótimas, e um grupo de pessoas, morador de 84 favelas, tem condições muito precárias, sobretudo de infraestrutura. Com relação aos loteamentos, em 2010 foram encontrados 1.719.473 pessoas e 605.707 domicílios com condições sociais e urbanas intermediárias entre as condições das favelas e as do município. Os loteamentos também foram classificados em dois tipos: o primeiro, com infraestrutura quase completa, e o segundo, com acesso precário, por exemplo, a esgotamento sanitário (244 loteamentos, no universo de 1.559). Marques sublinha que, por cobrir o período de 2000 a 2010, esses resultados não registram os efeitos de dois processos recentes “importantes”: o programa Minha Casa, Minha Vida, criado pelo governo federal em 2009, que, segundo ele, construiu em torno de 120 mil moradias em São Paulo e, desde 2015, o desemprego e a redução de renda que podem ter “reforçado” a favelização (Claudia Izique/Ag. FAPESP). Eike ‘vai se entregar’ o mais rápido possívelO advogado do empresário Eike Batista afirmou ontem (26) que seu cliente pretende se entregar à Justiça o mais breve possível. Fernando Martins informou que o empresário está em Nova York, onde participa de reuniões de negócio. “Estamos em contato com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, e a intenção dele é cooperar com esses órgãos, como sempre cooperou, e retornar o mais rápido possível”, disse o advogado. A Justiça expediu mandado de prisão preventiva contra Eike e mais oito pessoas acusadas de desvio de dinheiro de obras públicas, corrupção ativa, passiva e organização criminosa. Entre as prisões, está a do ex-governador Sérgio Cabral, que já está detido no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio. Policiais federais também cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do empresário. A defesa de Eike ainda não se posicionou sobre as acusações do MPF, que motivaram o pedido de prisão. O advogado também afirmou que os documentos estão sendo analisados e que um posicionamento deve ser emitido por meio de nota à imprensa. O mandado de prisão está incluído na Operação Eficiência, que é desdobramento da Operação Calicute. As investigações fazem parte da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro (ABr). | Febre amarela: distribuição de vacina terá 11,5 milhões de dosesDiante do surto de febre amarela, o Ministério da Saúde decidiu reforçar a distribuição da vacina contra a doença em 11,5 milhões de doses. Este ano, 5,5 milhões de vacinas já foram repassadas aos estados. Em anos em que não houve surto, foram distribuídas entre 800 mil e 1 milhão de doses do imunizante em todo o país, segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues. Com 70 casos confirmados da doença, o número de infectados pela febre amarela no Brasil em 2017 já ultrapassou em menos de um mês os casos registrados na última grande ocorrência da doença no país, entre 2007 e 2008, quando 48 pessoas foram contaminadas pelo vírus. Em 2007, a doença se alastrou por nove estados, incluindo os da Região Sul. Este ano, até agora, o surto está concentrado em Minas Gerais, com casos registrados também na Bahia, São Paulo e Espírito Santo. Das 11,5 milhões de doses adicionais da vacina, 6 milhões serão entregues nos próximos dias e 5,5 milhões serão distribuídos conforme a necessidade dos estados. Minas Gerais, que concentra o maior número de casos e de mortes pela doença até agora, recebeu pelo menos 2,9 milhões de doses. A estratégia do governo federal é bloquear o avanço da doença vacinando a população das regiões vizinhas a Minas. O Espírito Santo, que não estava incluído na área de recomendação da vacina, passou a ter 37 municípios com indicação para a imunização depois de registrar 22 casos suspeitos de febre amarela. O Rio de Janeiro não registrou casos de febre amarela em 2017, mas, por fazer divisa com Minas Gerais, passou a ter 14 municípios na área de recomendação da vacina (ABr). Carnaval no Rio terá 31,8 mil banheiros móveisA prefeitura do Rio de Janeiro apresentou o esquema operacional para o carnaval de rua deste ano. Serão 451 blocos que farão 578 desfiles pelas ruas da cidade. A expectativa da Riotur é que 1,1 milhão de turistas venham para a cidade no carnaval, injetando cerca de R$ 3 bilhões na economia. A estimativa é que a ocupação hoteleira na capital chegue a 80%. A operação de trânsito contará com 900 agentes, entre controladores da CET-Rio e guardas municipais, com apoio de 60 carros e 50 motocicletas, que trabalharão para manter a fluidez do tráfego, coibir o estacionamento irregular, ordenar os cruzamentos e orientar os pedestres. O diretor da CET-Rio, Joaquim Diniz, disse que a operação lembra uma “mini Olimpíada”, por causa da mobilização e dos recursos empenhados. A Secretaria Municipal de Saúde vai reforçar a equipe para o atendimento pré-hospitalar nas áreas de maior concentração de público durante a programação do carnaval de rua na cidade. Quatro postos serão montados: dois no Centro, um em Copacabana e outro em Ipanema/Leblon. Os pontos de atendimento médico funcionarão nos dias de desfiles previstos no calendário oficial de blocos da cidade. O presidente da Riotur, Marcelo Alves, ressaltou que a preocupação é gerar conforto e informação para os foliões (ABr). Chamadas de fixo para celular terão reajusteAs ligações feitas de telefone fixo para celulares vão ficar mais caras a partir de próxima semana. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou as aperadoras a elevar a tarifa em média 1,33%. Para que os novos valores possam ser aplicados, as prestadoras devem dar ampla publicidade ao reajuste nas localidades de prestação do serviço com antecedência mínima de dois dias. A Vivo poderá aumentar o valor das chamadas em 2,28%, a Oi em 1,67%, a Sercomtel em 1,35%, a Claro em 0,88% e a Algar Telecom em 0,10%. O valor da tarifa das chamadas de telefone fixo para aparelhos de comunicação por rádio também sofrerá reajuste. Neste caso, segundo a Anatel, a Vivo poderá aumentar o valor das chamadas em 2,28%, a Sercomtel em 1,35% e a Algar Telecom em 0,10% e a Oi em 1,03%. A agência reguladora não estabeleceu reajuste desse tipo de serviço para a Claro. Os reajustes serão aplicados apenas para as linhas do plano básico da telefonia fixa em chamadas locais ou de longa distância nacional (ABr). |