Entre os oito presos na Operação Hefesto, deflagrada ontem (13) pela Polícia Federal (PF), estão os secretários municipais de Cultura e Obras de São Bernardo do Campo, Osvaldo de Oliveira Neto e Alfredo Buso.
Eles são acusados de participar de um esquema de desvio de verbas para construção do Museu do Trabalho, na região central do município. Até o momento, não há indícios de envolvimento do prefeito Luiz Marinho (PT).
Além das prisões temporárias, foram cumpridos ainda 16 mandados de busca e apreensão, inclusive no Ministério da Cultura, de onde saiu parte dos recursos usados na obra. Entre os bens apreendidos estão dois veículos de luxo – um BMW e um Porche – e R$ 300 mil em espécie de uma das empresas acusadas envolvimento. Foram cumpridos ainda oito mandados de condução coercitiva. As ações ocorreram em São Bernardo, São Paulo, Santos, Barueri, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Segundo o MPF, foram investidos no museu cerca de R$ 12 milhões, dos quais R$ 7,9 milhões foram desviados. A procuradora Fabiana Bortz disse que o grupo usava diversas estratégias para se apropriar do dinheiro que deveria ser usado na obra. O projeto inicial, por exemplo, foi feito por duas vezes, ao custo de mais de R$ 500 mil cada. Durante a construção, as obras foram paralisadas por ordem da Secretária de Obras de São Bernardo, para alteração do projeto (ABr).