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Lazer e Cultura 02/08/2016

em Lazer e Cultura
segunda-feira, 01 de agosto de 2016
‘Pessoas Sublimes’ retrata vida e morte em Parelheiros.

Ocupação

‘Pessoas Sublimes’ retrata vida e morte em Parelheiros.

A Cia. Os Satyros faz uma nova temporada da segunda parte da Trilogia das Pessoas: “Pessoas Sublimes”

A peça foi criada a partir de uma pesquisa sobre a vida dos moradores de um condomínio em Parelheiros, no extremo da zona sul, uma região que sofre com uma ocupação desordenada. A história se passa no Condomínio Terceiro Lago, à beira da Guarapiranga, onde há um portal entre os mundos dos vivos e dos mortos. Essa passagem fica na casa da sábia dona Delírio, frequentadora assídua de velórios. Ela não faz distinção entre os viventes e os defuntos. O pequeno Desatino, abusado pelo pai; o ex-matemático Tresvario, empregado da bolsa de valores no período da crise; e Insânio, um retratista de mortos da Era Vitoriana, também moram nessa casa. Com Bel Friósi, Eduardo Chagas, Fabio Penna, Felipe Moretti, Fernanda D’Umbra, Gustavo Ferreira, Helena Ignez, Henrique Mello, Ivam Cabral, Maria Tuca Fanchin, Sabrina Denobile e Suzana Muniz

Serviço: Espaço dos Satyros I, Pça Franklin Roosevelt, 214, Consolação, tel. 3258-6345. Sextas e sábados às 21h. Ingressos: R4 40 e R$ 20 (meia). Até 17/12.

REFLEXÃO

ANTAGONISTAS

O adversário em quem você julga encontrar um modelo de perversidade talvez seja apenas um doente necessitado de compreensão. Reconheçamos o fato de que, muitas vezes, a pessoa se nos torna indigna simplesmente por não nos adotar os pontos de vista. Nunca despreze o opositor, por mais ínfimo que pareça. Respeitemos o inimigo, porque é possível seja ele portador de verdades que ainda desconhecemos, até mesmo em ralação a nós. Se alguém feriu a você, perdoe imediatamente, frustrando o mal no nascedouro. A crítica dos outros só poderá trazer-lhe prejuízo se você consentir. A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente que os outros. O adversário, antes de tudo, deve ser entendido por irmão que se caracteriza por opiniões diferentes das nossas. Deixe os outros viverem a sua própria vida e eles deixarão você viver a existência de sua própria escolha. Quanto mais avança, a ciência médica mais compreende que o ódio em forma de vingança, condenação, ressentimento, inveja ou hostilidade está na raiz de numerosas doenças e que o único remédio eficaz contra semelhantes calamidades da alma é o específico do perdão no veículo do amor.

Livro Sinal Verde – F.C. Xavier

Estreia

Cena da comédia “Um Certo Machão”.

A comédia “Um Certo Machão”, estreia no proximo dia 4, diverte o público com a história de Gil (Rick Carvalho, repórter do programa Mulheres, TV Gazeta), um jovem empresário rico, sedutor e autoritário que corre atrás da herança deixada pelo tio a qualquer custo. Gil mantém um relacionamento esporádico com a fogosa empregada mas, a partir da chegada da advogada trambiqueira do “titio”, instala-se a confusão e situações que provocarão gargalhadas no público. Com Rick Carvalho, Amanda Vetororazzo e Amanda Blanco.

Teatro Brigadeiro, Av. Brigadeiro Luís Antônio, 884, Bela Vista, tel. 3115- 2637. Quintas às 20h30. Ingresso: R$ 60. Até 08/09.

Improviso

Cena de “Gorila”.

Quatro diretores criam e dirigem cenas na hora, na frente dos olhos críticos e atentos da plateia, que dará notas ao final de cada esquete do improviso “Gorila”. O diretor com melhores notas no final da noite recebe o grande prêmio: um simpático Gorila que está solto pelo teatro. Para os perdedores, o destino será cruel: o vencedor da noite terá que propor que eles paguem um mico inesquecível na frente de todo mundo. Baseado no formato canadense de Keith Johnstone (Gorilla Theater), o espetáculo é uma prova de fogo aos diretores-improvisadores, que ficam expostos e na berlinda durante toda a peça, buscando inovar, improvisar e agradar. O público decide quem é o vencedor. Andrei Moscheto, do grupo Antropofocus de Curitiba, e Daniel Nascimento, da Cia Os Barbixas de Humor estão no elenco fixo do espetáculo, que também recebe improvisadores-diretores convidados.

Serviço: Teatro Folha, Av. Higienópolis, 618, Higienópolis, tel. 3823-2323. Terça (16) às 21h. Ingressos: R$ 30 e R$ 40.

Chance social

A Confissão de Leontina é um conto no qual sua protagonista suplica por outra chance social. Faz uma retrospectiva de sua vida, de seus momentos de felicidade, de amores, das traições, dos instantes de solidão e das desilusões. Reconhecendo-se mais uma habitante da grande cidade, sujeita às injustiças da vida, Leontina reconstitui o seu percurso, desde os tempos de infância em que vivia numa pacata povoação, Olho d’Água. Uma infância árdua e pobre que a obrigou a trabalhar desde pequena, mas mais feliz do que os tempos que se seguiriam. Uma das grandes marcas da obra de Lygia Fagundes Telles está presente na peça que é a sua preocupação com as questões políticas e sociais de seu país, e ouvir a dor de Leontina passa a ser metáfora da dor e da beleza de ser brasileiro. Com Márcio Trinchinatto.

Serviço: Teatro Viradalata, R. Apinajés, 1387, Perdizes, tel. 3868-2535. Sextas às 21h. Ingresso: R$ 40. Até 30/09.