O setor público consolidado formado por União, estados e municípios, registrou déficit primário – receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros – de R$ 10,061 bilhões, em junho, informou o Banco Central (BC).
Esse foi o pior resultado para o mês na série histórica, iniciada em dezembro de 2001. O resultado do mês passou superou o déficit de R$ 9,323 bilhões registrados em junho de 2015. No primeiro semestre, o resultado negativo chegou a R$ 23,776 bilhões, também o pior resultado para o período. No primeiro semestre de 2015, houve superávit primário de R$ 16,224 bilhões.
Em 12 meses encerrados em junho, o déficit primário ficou em R$ 151,249 bilhões, o que corresponde a 2,51% do PIB. Em junho o Governo Central (Previdência, BC e Tesouro Nacional) registrou déficit primário de R$ 10,451 bilhões. Os governos estaduais apresentaram déficit primário de R$ 181 milhões, e os municipais, superávit de R$ 279 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 291 milhões, no mês passado.
A meta fiscal prevê um déficit primário de até R$ 163,9 bilhões nas contas públicas para este ano. Para chegar a esse resultado, a expectativa é que o Governo Federal apresente déficit primário de R$ 170,496 bilhões e estados e municípios, um superávit de R$ 6,554 bilhões. Em junho, os gastos com juros nominais ficaram em R$ 22,113 bilhões, contra R$ 26,933 bilhões em igual mês de 2015. No primeiro semestre, os gastos chegaram a R$ 173,312 bilhões (ABr).