A visibilidade sustenta a segurança na nuvemQuanto você realmente sabe sobre a exposição da sua organização na nuvem? Você sabe dizer com alguma certeza quantos aplicativos de nuvem seus funcionários utilizam, que dados estão sendo compartilhados e armazenados nela e quem tem acesso a eles? Rolf Haas (*) Se sua resposta a algumas dessas perguntas ou a todas elas for “não”, você não está sozinho. Mas isso não deve de maneira alguma amenizar a situação. Uma recente pesquisa da SANS descobriu que, embora 40% das empresas admitirem que processam ou compartilham dados confidenciais na nuvem, uma proporção um pouco preocupante de 13% informa que não sabe se sua organização tem dados confidenciais na nuvem. Esse problema tende a aumentar uma vez que a adoção da nuvem pelas empresas está em alta: 80% dos gastos com TI serão dedicados a serviços de nuvem nos próximos 16 meses, segundo uma pesquisa da Intel Security. Todos sabemos a importância da segurança na nuvem, mas, antes de mais nada, como é possível proteger uma coisa da qual não se tem nenhuma visibilidade? Antes mesmo de chegar aos dados e aplicativos, essa necessidade de visibilidade começa com a infraestrutura de nuvem. Na pesquisa da SANS, 58% das organizações afirmaram que a falta de visibilidade da infraestrutura dos provedores de nuvem é o seu maior problema operacional. Atualmente, com a nuvem pública, é muito fácil para as organizações alugarem espaço de processamento e iniciarem novas máquinas virtuais. As organizações podem ligar apenas algumas vezes essas máquinas na nuvem, uma vez por mês ou uma vez por trimestre, quando necessário. Enquanto isso, elas ficam paradas e esquecidas, sem que o departamento de TI tenha visibilidade ou controle sobre suas configurações de segurança. As empresas precisam garantir que possuem uma conexão de gerenciamento de segurança com o seu fornecedor de infraestrutura de nuvem, para realizar uma varredura de avaliação de recursos. Isso permite que o departamento de TI veja quantas imagens há na nuvem e o que está on-line ou off-line, para impor políticas de segurança e verificar se recursos como antivírus e sistemas de detecção de intrusões estão atualizados. Esse é um primeiro passo importante da segurança na nuvem, porque, se você não puder gerenciar sua infraestrutura para utilizar a nuvem, ficará completamente sem controle: não terá visibilidade. A Shadow IT é outro grande problema para a visibilidade e o controle na nuvem. Relatório da Intel Security revelou uma alarmante falta de visibilidade quanto à exposição da Shadow IT na nuvem entre as empresas. Menos da metade (45%) dos entrevistados afirmou que tinham visibilidade da sua Shadow IT no modelo SaaS, enquanto apenas 42% disseram o mesmo sobre a Shadow IT no modelo IaaS. Talvez não seja surpreendente que os níveis mais altos da Shadow IT se encontrem nos departamentos de Vendas, P&D e Marketing, onde as equipes usam taticamente os serviços de nuvem quando precisam reagir rapidamente às mais recentes necessidades de negócios e tendências dos clientes. Vejamos o exemplo de uma equipe de vendas que ignora o departamento de TI e abre uma conta em um aplicativo na nuvem para realizar uma campanha de curto prazo. O departamento de TI praticamente não tem controle nem visibilidade sobre os tipos de dados que saem da organização para esse aplicativo na nuvem. Porém, o maior ponto de interrogação quando se trata da Shadow IT paira sobre o departamento jurídico, onde aproximadamente 37% dos entrevistados disseram não saber se esse departamento está adquirindo serviços de nuvem sem o conhecimento do departamento de TI. A TI precisa recuperar o controle sobre a Shadow IT. A questão não é tentar impedi-la. Ao contrário, o departamento de TI precisa ser o educador e intermediário que pode capacitar as equipes dos departamentos a acessar as ferramentas e os serviços de que precisam, utilizando alternativas mais seguras. Um dos maiores medos dos CISOs é o vazamento de informações corporativas confidenciais por meio de serviços de baixa segurança na nuvem que os funcionários utilizam. Uma tecnologia que é cada vez mais utilizada pelas empresas para proteger os dados na nuvem é o intermediário de serviço de acesso à nuvem (CASB). Os CASBs permitem centralizar o controle e a imposição das políticas de segurança. Eles proporcionam controle e visibilidade aos CISOs, aplicando políticas de segurança uniformes sempre que os dados forem armazenados, compartilhados e de qualquer maneira acessados. Os CASBs fornecem o contexto para decidir se os dados terão autorização para ir da organização para a nuvem e se eles precisarão ser criptografados. O departamento de TI, os CIOs e os CISOs precisam ser os facilitadores que apóiam os negócios, procurando aproveitar os benefícios de redução de custos, flexibilidade, inovação e ganhos de produtividade através do uso mais amplo da nuvem. Entretanto, isso precisa ser feito de forma segura e a única maneira de conseguir isso é aumentar a visibilidade do uso e dos dados na nuvem. (*) É especialista em segurança corporativa na Intel Security. PLATAFORMA DE SERVIÇOS BANCÁRIOS DIGITAISA Unisys Corporation (NYSE: UIS) anuncia colaboração com a Sandstone Technology e a Payment Card Technologies (PCT) para o lançamento da plataforma de digital banking USP (Unisys, Sandstone e PCT). A nova solução foi desenvolvida para auxiliar as instituições financeiras a atenderem às necessidades de inovação de seus clientes, fornecendo serviços bancários digitais seguros, por meio de diversas plataformas, incluindo dispositivos móveis, tablets e navegadores de Internet. A parceria entrega de forma simples soluções de ponta da Unisys, Sandstone Technology e PCT. A plataforma USP pode ser implementada em organizações entrantes no mercado ou em instituições financeiras já estabelecidas, com a capacidade de proporcionar uma experiência digital em múltiplos canais, incluindo a geração de crédito imobiliário, empréstimos e contas poupança e corrente, em uma solução econômica. A plataforma fornece biometria adaptável integrada e análise de dados para identificar os clientes com segurança e validar transações, com a finalidade de reduzir fraudes e aprimorar a experiência do usuário. A plataforma digital para bancos pode ser fornecida no modelo como serviço (PaaS) a partir de uma nuvem pública ou privada e também como uma solução on-premise (no local). Ambas as opões são protegidas pelo Stealth™, que utiliza técnicas de microssegmentação baseada em identidade e criptografia, auxiliando na redução de ataques cibernéticos dentro ou fora da organização, ao deixar dispositivos, dados e usuários finais indetectáveis nas redes. Eric Crabtree, diretor global de Financial Services da Unisys explica que “o desafio de hoje para muitos bancos e instituições financeiras é como ser relevante e estar em dia com as necessidades de inovação dos clientes. As novas gerações querem uma nova experiência bancária e preferem utilizar smartphones e Internet, em vez do banco físico tradicional”. | Feira internacional de eletrônicos traz as últimas tecnologias para o setorA cidade de São Paulo vai sediar de hoje (13) até sábado (16) um dos maiores eventos voltado às novidades tecnológicas em eletrônicos de consumo na 2ª edição da EletroExpo ICEEB. A feira acontecerá no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, reunindo 120 expositores, em 5 mil m² e público de 3.000 visitantes. O Brasil é o 4º maior mercado consumidor de eletrônicos do mundo, com 117,5 milhões de unidades vendidas no último ano, de acordo com dados do Euromonitor International. De 2010 a 2015, o crescimento no volume de vendas foi de 38,5%. Além de trazer novidades e lançamentos em produtos, a EletroExpo ICEEB também vai incentivar a troca de inovações e conhecimentos no setor. Como parte da programação estão previstas palestras com especialistas de diversas áreas no segundo dia da feira (14 de julho, das 15h das 18h). Também estarão disponíveis aos visitantes serviços como suporte em Comércio Exterior e intérpretes no Business Lounge da feira. Espaços Interativos Um dos destaques será a área com os Óculos de Realidade Virtual, com apresentação dos novos recursos para estes produtos que hoje trazem inovações e design diferenciado. Os visitantes poderão conferir os modelos com sistema de ventilação interna, acionamento de comandos por controle remoto via Bluetooth, ajuste das lentes para maior conforto e acabamento interno em couro. Outra grande novidade nesta edição será o “Desafio Balance Scooter” que acontecerá em todos os dias da feira, das 14h às 18h, com distribuição diária de prêmios (speaker portátil) e uma balance scooter para o grande vencedor. Novidades e lançamentos Drones: a FLYPRO XEagle, uma das mais renomadas empresas da China que atua no segmento de VANT (veículo aéreo não tripulado) oferece um sistema que permite conexão do smartwatch (XEagle) ao drone, que passará então a seguir a pessoa e registrar as imagens. Portátil, com uma interface fácil e simples, o relógio inteligente serve tanto para iniciantes quanto para profissionais. O sistema também possui sensor de desvio de obstáculos. Modelos mais avançados (XWatch) alcançam velocidade de 15 m/s e rotação de 360°. Outro diferencial é o comando de voz, com respostas rápidas e identificação precisa dos comandos. O mini drone também tem chamado a atenção, graças as suas dimensões mais compactas. Os comandos são realizados através de um controle remoto e sua utilização é bastante simples, ideal para qualquer pessoa, até mesmo aquelas que nunca pilotaram um drone. Óculos de realidade virtual: uma das marcas que estará no evento, a ROCK trará um amplo portfólio com modelos de design diferenciado, sistema de ventilação interna, acionamento de comandos por controle remoto via Bluetooth, ajuste das lentes para maior conforto e acabamento interno em couro. Celulares de última geração: dentre as novidades para o mercado de celulares o destaque fica com o ROAMCAT, um smartphone com retroprojetor de alta resolução embutido. O aparelho consegue reproduzir imagem com excelente qualidade. Relógios inteligentes e pulseiras fitness: dentre as funções dos modelos que estarão em exposição no evento estão receber chamadas, e-mails e mensagens de texto, localizador de celular, despertador, calendário, álbum de fotos, calculadora, leitor de vídeo, gravação, reprodução de música e gerenciamento de arquivos, integração com redes sociais, além dos aplicativos que trazem versões específicas para o produto. Modelos voltados para mercados específicos como para executivos que combate o sedentarismo – envia lembretes para que a pessoa se levante e se movimente durante o trabalho; e para os pais, que monitora as crianças através de GPS – acessa a localização dos filhos e define uma área de segurança para a criança circular. Outro destaque na feira será a pulseira fitness, sucesso com o público que pratica esporte e trás funções de monitoramento cardíaco, contador de passos, distância e queima de caloria. Serviço 2ª edição EletroExpo ICEEB Data: 13 a 16 de julho de 2016 – Quarta a sexta-feira das 13h às 19h/ Sábado das 13h às 18h Local: Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo Av. Otto Baumgart, 1000 – Vila Guilherme São Paulo/ SP – Brasil www.eletroexpo.com.br
Vida no trânsito: Uma questão multidisciplinar
Oliver Schulze (*) Todo dia de manhã levo minhas filhas à escola. Hoje em menos de cinco minutos presenciei três barbaridades no trânsito. Primeiro uma criança aparentando menos de 10 anos sentada no banco da frente do carro sem cinto de segurança afivelado Em geral a justificativa dos pais para dispensar a segurança é a de que moram muito perto do colégio, porém não escolhemos o momento em que seremos envolvidos em um acidente, e é sabido que muitas das colisões ocorrem próximo à residência das vítimas. Logo em seguida fui ultrapassado pela contramão por um motoqueiro, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Mais à frente quando cheguei ao cruzamento lá estava ele caído no chão ao lado da moto. Teve sorte de não ser atropelado. Como não fosse suficiente, na estrada um pedestre caminhava na pista de rolagem apesar do espaço exclusivo destinado para isso. Outro dia nessa mesma estrada parei para uma pessoa atravessar na faixa de pedestre. A motorista do veículo que vinha atrás começou a buzinar muito e passou berrando “aqui não é lugar de parar não! Aqui não é Estados Unidos”. Realmente aqui não é os Estados Unidos e nunca será enquanto tivermos motoristas despreparados, descontrolados e desinformados. Você sabe quantas pessoas ficam feridas e morrem por ano em acidentes de trânsito no Brasil? Fica chocado quando ocorre um acidente aéreo e morrem mais de 100 pessoas? Pois saiba que nas estradas do nosso País temos o equivalente a um grave acidente aéreo ou uma tragédia da boate Kiss por dia. Isso mesmo! Morrem mais de 50 mil pessoas por ano, ou quase 200 pessoas por dia. Precisamos agir mais rápido diante de tanta violência. Sabemos que acidentes podem ocorrer por diversas razões, de problemas no veículo, falta de infraestrutura viária, condições climáticas adversas até o comportamento do motorista. Sim, a vida no trânsito depende de ações multidisciplinares. No tocante à segurança veicular, seja por força da legislação brasileira, da concorrência cada vez mais forte em todos os segmentos da indústria automobilística, ou até mesmo de avaliações regulares feitas por organismos como a LATINNCAP, a evolução tem sido constante. Nos últimos anos os veículos produzidos no País agregaram segurança, que alcançou com mais intensidade os carros mais luxuosos, que já oferecem recursos tecnológicos como o controle eletrônico de estabilidade (ESP), que evita que o veículo perca o controle em situações de risco. As melhorias não se restringem apenas à eletrônica, mas também à parte estrutural dos veículos com carroçarias que oferecem mais proteção ao ocupante. No que diz respeito à infraestrutura viária é possível afirmar que há estradas em boas condições no Brasil, mas ainda há um longo caminho a percorrer para um sistema eficiente. Segundo a pesquisa CNT de Rodovias 2015, que percorreu e avaliou mais de 100 mil quilômetros de rodovias pavimentadas por todo o País, (19,7% concedidas 80,3% sob gestão pública) 57,3% delas são deficientes no estado de conservação. Na avaliação da pesquisa, o estado geral das rodovias sob concessão foi 78,3% bom e ótimo, enquanto nas vias públicas esse porcentual foi de 34%. Em relação à geometria das vias, 38,9% é o percentual de ótimo e bom nas concedidas, e de 18,8% nas públicas. Ainda no quesito infraestrutura, projetar estradas mais seguras e intensificar a sinalização especial de advertência para condições de pista e climáticas, são ações mais que necessárias para a segurança de quem dirige em um país de dimensão continental com incontáveis variações de clima. Não há como alterar o clima, mas a prudência está ao alcance de todos os que dirigem. O comportamento ao volante pode fazer a diferença entre a vida e a morte. O motorista precisa conhecer suas próprias limitações, as restrições do veículo e da estrada e se adequar à realidade. Situações diferentes exigem cuidados diferentes. Imagine um automóvel de mil cilindradas conduzido por alguém cansado, com cinco ocupantes, porta-malas cheio e pneus carecas, subindo a serra em um dia de chuva e neblina. Agora pense em um veículo com todos os equipamentos de última geração, dois ocupantes e motorista descansado dirigindo em uma estrada em boas condições de conservação, em um dia ensolarado. O motorista tem que se adequar às condições de dirigibilidade para tomada de decisões seguras. Obviamente há inúmeros outros fatores que podem influenciar a habilidade de dirigir. Por isso e, antes de tudo, é necessário que prioritariamente haja respeito à vida. No Brasil ainda precisamos de um trabalho intenso e permanente de educação no trânsito, de conscientização, com abordagem em escolas, cursos de direção defensiva, palestras e demais treinamentos. Nossa parte enquanto motoristas é respeitar o pedestre e a sinalização; manter a devida distância do veículo à frente; priorizar a segurança das crianças com equipamentos adequados à idade; reduzir a velocidade em caso de forte chuva e vento. Enfim, dirigir com consciência é contribuir para mais vida no trânsito e para a redução da triste estatística de mortes em nosso País. Um trânsito seguro depende de todos nós. Esse será o tema central do Painel de Segurança Veicular no 25º Congresso SAE BRASIL, que será realizado em outubro, em São Paulo. (*) É engenheiro e dirige o Comitê de Segurança Veicular do Congresso SAE BRASIL 2016. |