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Economia 07 a 09/05/2016

em Economia
sexta-feira, 06 de maio de 2016

Inflação volta a subir e vai a 0,61% em abril

Os remédios exerceram a principal pressão para a alta de 2,33% do grupo saúde.

A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, voltou a subir em abril, ao fechar o mês com alta de 0,61% (menor resultado para os meses de abril desde 2013), resultado 0,18 ponto percentual superior ao de março que foi de 0,43%

Com esse resultado, divulgado pelo IBGE, o IPCA passou a acumular, nos primeiros quatro meses do ano (janeiro/abril), alta de 3,25%, percentual inferior aos 4,56% registrados em igual período do ano passado. Já a taxa acumulada nos últimos doze meses (a inflação anualizada) foi para 9,28%, também abaixo dos 9,39% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2015, o IPCA havia sido de 0,71%.
A alta de abril foi pressionada pelo aumento dos grupos alimentação e bebidas (alta de 1,09%), e saúde e cuidados pessoais, (variação de 2,33%). Juntos, os dois grupos foram responsáveis 89% do índice do mês, exercendo, contribuição de 0,54 ponto percentual. Entre as principais altas dos produtos alimentícios estão a batata inglesa (13,13%) e o açaí (9,22%). Em contrapartida, o tomate ficou 15,26% mais barato de março para abril. Os remédios exerceram a principal pressão para a alta de 2,33% do grupo saúde e cuidados pessoais, ao subir 6,26%, o mais elevado resultado de grupo. A alta dos remédios refletiu parte do reajuste de 12,5% autorizado pelo governo e que entrou em vigor a partir do dia 1o de abril.
Grande vilã do IPCA de 2015 com alta superior a 50% no período e com contribuição decisiva para que o índice fechasse o ano passado em 10,67%, a energia elétrica encerrou abril com deflação (inflação negativa) de 3,11%, em relação a março. Foi o item que exerceu o mais expressivo impacto para baixo (-0,12 ponto percentual). Este comportamento se deve ao fim da cobrança extra da bandeira tarifária, já que, a partir de 1º de abril, o valor de R$ 1,5 por cada 100 kilowatts-hora (KWh) consumidos, referente à bandeira amarela, deixou de ser cobrado. Além da energia, outros itens sobressaem com queda de preços, como etanol (-4,89%), excursão (-2,21%) e cigarro (-0,99%).

Atacado paulista fechou 1.704 empregos formais em fevereiro

Em fevereiro, o comércio atacadista no Estado de São Paulo registrou diminuição de 1.704 empregos com carteira assinada, resultado de 14.166 admissões e 15.870 desligamentos. É a primeira vez, desde 2009, que o resultado fica negativo neste período do ano, como revela a inédita Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado (PESP Atacado).
Com isso, o estoque de trabalhadores do comércio atacadista no Estado atingiu 496.466 no mês, o patamar mais baixo desde março de 2013, quando eram 496.278 funcionários ativos no setor. Somando os dois primeiros meses deste ano, o saldo negativo atinge 2.950 empregos, pior primeiro bimestre desde 2007. No saldo acumulado de março de 2015 a fevereiro deste ano, foram eliminados quase 20 mil vínculos empregatícios no atacado paulista.
A pesquisa é realizada mensalmente pela FecomercioSP com base nos dados do Ministério do Trabalho e das informações sobre movimentação declaradas pelas empresas do atacado paulista. Todas as dez atividades pesquisadas em fevereiro apresentaram queda no estoque de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015. Os destaques negativos foram as atividades de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (-7,6%); tecidos, vestuário e calçados (-7%); e o segmento de material de construção, madeira e ferramentas (-6,8%).