Os investimentos da Gerdau para 2016 deverão cair 35% em relação ao ano passado, para R$ 1,5 bilhão. A siderúrgica gaúcha frisa que o capex, dessa forma, irá priorizar a manutenção das plantas industriais existentes.
A Gerdau lembra ainda que seus principais investimentos em andamento estão sendo finalizados. Já no primeiro trimestre do ano, os investimentos somaram R$ 485,3 milhões, o que representou uma queda de 20,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A siderúrgica gaúcha destaca que o novo laminador de chapas grossas, com capacidade anual de 1,1 milhão de toneladas, encontra-se em fase de testes operacionais na usina Ouro Branco (MG) e sua entrada em operação está prevista para julho de 2016. Já na Argentina, a construção da nova aciaria está em estágio avançado, sendo que 85% da obra foi concluída e todos os equipamentos já foram entregues pelos fornecedores. A empresa lembra que a capacidade instalada da nova planta é de 650 mil toneladas. O início da operação ocorrerá no fim deste ano e irá contribuir, segundo a siderúrgica, “para a substituição de parte das importações de aço no país”.
A instabilidade política no Brasil e a retração da economia do País continuam impactando os setores consumidores de aço, afirmou em teleconferência com a imprensa o diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter. O executivo lembrou que o consumo de aço aparente no País deverá cair 9% em 2016, depois de cair 17% em 2015. Na operação Brasil, as vendas de aço totais da Gerdau caíram 8,7% na relação anual, para 1,422 milhão de toneladas. No entanto, se considerada apenas a venda para o mercado interno no primeiro trimestre do ano, os volumes recuaram 28,4%, para 896 mil toneladas. Ante o quarto trimestre do ano passado, no entanto, houve um aumento de 9,9%. André disse que a Gerdau está com foco em manter seu endividamento sob controle, bem como na geração de caixa livre, redução de custos e queda de sua alavancagem (AE).