O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem (7) que a crise política precisa ser solucionada logo, pois está comprometendo a economia. Defendeu que o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff seja analisado com rapidez pelo Congresso Nacional. “Inevitavelmente, por mais que se trabalhe, [a crise política] paralisa a economia. Então, é preciso agir mais rápido”, disse Alckmin, ao comparar a situação atual do país com a vivida em 1991, quando o então presidente Fernando Collor deixou o cargo após ter sofrido um impeachment.
“O que é preciso é decidir. O Congresso, em especial a Câmara, precisa acelerar a votação do pedido, seja de um lado, seja de outro”, disse, após participar de um evento sobre perspectivas e investimentos em 2016, realizado na Associação Comercial de São Paulo. “O modelo parlamentarista é de confiança: o governo já teria ido embora. No modelo presidencialista, é o mandato. Mas dentro do mandato, você tem o instrumento que é o impeachment. É isso que o Brasil já teve e só ajudou. Porque foi o impeachment do Collor, que levou ao Itamar, que nasceu o Plano Real e as coisas avançaram”, lembrou.
Durante a palestra de Alckmin na associação, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que também estava no evento, disse que o governador é um bom nome para disputar à eleição presidencial em 2018. O governador não confirmou se pretende se candidatar. “Três anos na situação política brasileira são três séculos. Ainda está muito longe”, disse o governador, ao ser questionado sobre o assunto. Alckmin voltou a comentar sobre a condução coercitiva do ex-presidente Lula. “O que caracteriza a República é a igualdade do cidadão perante a lei. Até pelo contrário, quanto mais alta a responsabilidade, maior o dever. Aquele que foi governador, presidente ou prefeito tem mais responsabilidade, mais conhecimento da lei, mas explicações a dar à população” (ABr).
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