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Economia 19/02/2016

em Economia
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Atividade econômica caiu 3,8% no ano passado

O setor agropecuário foi o que exibiu o melhor desempenho durante o ano passado.

O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) exibiu queda de 0,6% em dezembro/15, descontado os devidos ajustes sazonais, repetindo o mesmo ritmo de retração observado no mês imediatamente anterior (novembro/15)

Com este resultado, a atividade econômica recuou 3,8% no ano de 2015, sendo este o pior resultado desde o tombo de 4,35% ocorrido em 1990, em plena crise do Plano Collor-1.
Pelo lado da oferta agregada, a indústria foi o grande destaque negativo da atividade econômica no ano passado, retraindo-se 6,6% perante o desempenho verificado em 2014. O setor de serviços teve um desempenho menos negativo em 2015: queda de 2,3% em comparação a 2014. Por fim, o setor agropecuário foi o que exibiu o melhor desempenho durante o ano passado, crescendo 0,5% comparativamente ao ano de 2014 tendo em vista a safra recorde de grãos produzida no ano passado.
Do ponto de vista da demanda agregada, a forte retração de 14,9% dos investimentos, decorrente da perda da confiança dos agentes econômicos quanto ao cenário prospectivo da economia brasileira, foi o principal destaque negativo do ano de 2015. Outra queda significativa deu-se no consumo das famílias, por causa das altas do desemprego e da inflação: recuo de 3,8% perante 2014. O consumo do governo retraiu-se 0,4% no ano passado. Por outro lado, a queda na atividade econômica só não foi maior no ano passado porque o setor externo apresentou desempenho favorável: alta de 5,9% nas exportações e queda de 14,3% nas importações.

Movimento de cargas em portos bate recorde

Portos movimentaram 364 milhões de toneladas de minério de ferro em 2015.

A movimentação de cargas nos portos brasileiros em 2015 foi a maior já registrada na história do país, atingindo 1,006 bilhão de toneladas. O número – 3,9% superior às 968,87 milhões de toneladas de 2014 – foi divulgado pela Secretaria de Portos da Presidência da República.
O levantamento considera as informações obtidas em diversas fontes. Entre elas, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), IBGE e Companhias Docas. Em 2015, a maior parte da carga transportada foi granel sólido, responsável por 62,75% do movimento. Em segundo lugar, ficaram as cargas de granel líquido (22,37%), vindo, a seguir, contêineres (9,87%) e cargas soltas (5,01%).
Por tipo de carga específica, o destaque foi o minério de ferro com 364 milhões de toneladas movimentadas em 2015 e um crescimento de 5,35% em 12 meses. Ainda segundo o levantamento, que tem por base dados agregados da WebPortos, 64,58% do comércio exterior por meio de portos utilizaram terminais de uso privado (TUPs), construídos e explorados diretamente por empresas, com autorização do Poder Público (ABr).

Postos de trabalho na indústria recuam 6,2% em 2015

O total de pessoal ocupado na indústria brasileira recuou 6,2% em 2015 na comparação com o ano anterior. Segundo dados divulgados ontem (18) pelo IBGE, essa foi a queda mais acentuada do indicador, desde o início da série histórica, em 2002.
O emprego caiu nos 18 setores industriais. Os principais responsáveis pelo recuo de 6,2% foram meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), produtos de metal (-10,7%), máquinas e equipamentos (-8,3%), alimentos e bebidas (-2,2%), outros produtos da indústria de transformação (-9,7%) e vestuário (-6,4%). De janeiro a dezembro de 2015, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria também recuou (-6,7%), bem como a folha de pagamento real, que fechou o ano passado com queda de 7,9%.
Conforme já antecipado pelo instituto há um ano, a pesquisa, que existia desde a década de 1970, foi extinta devido aos ganhos de qualidade das bases de dados do Caged e à implantação da Pnad Contínua, que produzem informações mensais sobre o mercado de trabalho em todo o país (ABr).