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A humanidade no século 21

em Opinião
quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Benedicto Ismael Camargo Dutra (*)

A época é de dificuldades, principalmente devido à qualidade dos pensamentos de muitas pessoas que se deixam envolver pelo descontentamento.

Atualmente os humanos colocaram as leis da Criação contra si mesmos. Se, ao contrário, bilhões de pessoas quiserem um mundo melhor, e pensarem e agirem nesse sentido, então poderão contar com o auxílio beneficiador dessas leis, que sempre trazem de volta o que é semeado pela livre vontade de cada um. Com o aumento da indolência espiritual, há no mundo de hoje um grande comodismo e pouco movimento. Mas enquanto houver boa vontade, sempre será possível a melhora geral, buscando-se o autoaprimoramento, observando a lei do movimento aplicada na grande causa da humanização da vida através do fortalecimento da espiritualidade.

Em um de seus textos, Roselis von Sass, autora de vários livros espiritualistas, lembra que “os sofrimentos morais, aborrecimentos ou preocupações pelos quais passamos afetam a nossa saúde. As manifestações, tão diversas de doenças nervosas, que hoje torturam a humanidade, assim como os estados de angústia, também generalizados, têm a sua origem no pensamento negativo. Todos se debatem hoje num mundo de formas. Bem daquele que já soube encontrar para si uma atmosfera de formas favoráveis, benéficas”.

Há falta de conexão entre o eu interior (espírito) e o cérebro, e este, subordinado ao tempo e espaço, não compreende o significado espiritual da vida e, dominante, se deixa influenciar pelos fatores externos que produzem descontentamento e raiva, desarmonizando tudo, matando a paz. É muito importante buscarmos formas de pensamentos benéficos. Pessoas que se deixam envolver pela raiva, perdem momentaneamente a noção do que estão dizendo e fazendo, tornando-se agressivas, destruidoras da harmonia, podendo cometer atos dos quais com certeza vão se arrepender amargamente.

A ciência se baseia no cérebro, esse órgão maravilhoso, mas perecível, preso ao espaço tempo. Pouco sabemos da espiritualidade, das sucessivas reencarnações da alma e das consequências das livres resoluções. Na Mensagem do Graal, Abdruschin levanta o véu, revelando a inflexível atuação das leis da Criação e as oportunidades que elas oferecem aos que, dando voltas, saíram dos caminhos que lhes eram previstos. “Na Criação tudo é movimento. O enrijecimento está reduzindo a condição humana ao estado de máquina sem conteúdo, servindo às trevas, distanciada da Luz.”

A natureza oferece visões bonitas, mas há também visões horríveis criadas pela humanidade. Tristemente, o mundo vai se desumanizando e tudo que era impensável vai se tornando possível. Os seres humanos não podem continuar nesse modo de vida apático, sem interesse, sem objetivos. Precisam despertar da indolência e viverem na maravilhosa Criação. Essa forma de vida indolente está gerando o emburrecimento, a falta de clareza no pensar, enfim o retrocesso em marcha acelerada da capacidade cognitiva e investigativa que todo ser humano foi dotado, mas que está perdendo por falta de utilização correta.

Estamos longe de compreender e ensinar a realidade da vida e o seu significado. Afastamo-nos da natureza que contém todas as informações; criamos um mundo artificial separado da naturalidade, desrespeitando a natureza a ponto dela não conseguir manter a sustentabilidade da vida. Perdemos a conexão com a intuição. Estamos permitindo o embrutecimento da parte emocional do cérebro e a parte racional caminha para o apagão mental. Que espécie de futuro estamos gerando?

De fato, a natureza deve ser a base da educação das novas gerações, pois ela em seu funcionamento automático contém tudo: beleza, perfeição física e química, geometria. A natureza nos oferece os adequados designs para cada situação da vida.

(*) – Graduado pela FEA/USP, realiza palestras sobre qualidade de vida. Coordena os sites (www.vidaeaprendizado.com.br) e (www.librawww.library.com.br). Autor de: Conversando com o homem sábio; Nola – o manuscrito que abalou o mundo; O segredo de Darwin; 2012…e depois?; Desenvolvimento Humano; e O Homem Sábio e os Jovens ([email protected]).