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O Estado Islâmico e os reflexos na Economia

em Artigos
segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Reginaldo Gonçalves (*)

Os líderes do Estado Islâmico disseram que os ataques na França aconteceram por vingança.

Isso porque os franceses deram apoio ao Estado de Israel, junto com o governo norte-americano, para combater o terrorismo. É fato que os ataques ocorrem principalmente em países que são contra a formação do Estado Islâmico e essa situação acaba gerando preocupações em todo o mundo, já que estamos em uma economia globalizada e com formação de grandes blocos para defenderem seus interesses.

A organização Jihadista no Oriente Médio vem se fortalecendo, conquistando espaços e principalmente tomando o controle de lugares como Jordânia, Israel, Libano, Chipre e Hatay, cuja maioria da população é formada por mulçumanos. O Estado Islâmico não é reconhecido pela comunidade internacional. É chamado de Grupo Terrorista.

A Rand Corporation realizou um estudo para identificar as origens dos recursos do Estado Islâmico. O levantamento aponta que o patrimônio do EI gira em torno de US$ 2 bilhões. Uma parte significativa desses recursos tem como origem a apropriação de dinheiro das comunidades invadidas que estão sob seu controle, além de doações para manutenção de suas atividades. Estima-se que o grupo tem um ganho diário no total de US$ 1 milhão. Se foram incluídas as regiões controladas da Síria e Iraque, o valor pode chegar a US$ 3 milhões.

A grande preocupação é o que tudo isso pode impactar na economia e nos negócios internacionais. Independentemente das ameaças no mundo, a busca por retaliações e bloqueio econômico dos diversos países do mundo poderá provocar um aumento no preço do petróleo e impactar diretamente nos negócios efetuados no Brasil, já que a dependência na importação de petróleo é latente e qualquer pressão que envolva bloqueio econômico e o terrorismo estabelece uma pressão no mundo corporativo com reflexo nos países emergentes.

No Brasil, além da preocupação com o petróleo, outros negócios podem ser prejudicados, como exportação de carne e frango para os países árabe. A existência de bloqueios contra o Estado Islâmico poderá provocar dificuldades na chegada de produtos aos diversos países que tem parceria com o Brasil – sem falar nos saques que podem acontecer na região.

A intolerância das nações e a busca pelo poder de forma agressiva nunca foi saudável a qualquer grupo no mundo. Isso somente provoca insatisfação e movimenta a indústria da guerra. Muitos países tem interesse em financiá-las com o objetivo de movimentar suas economias.

(*) – É coordenador do curso de Ciências Contabéis na Faculdade Santa Marcelina (FASM).