Endividamento elevado de empresas em países emergentes preocupa FMIO Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou relatório em que demonstra preocupação com a elevada dívida das empresas em países emergentes, que passou de US$ 4 trilhões, em 2004, para US$ 18 trilhões, em 2014 Embora as estimativas de alavancagem [capacidade de pagamento da dívida em relação aos recursos disponíveis] tenham subido de forma acentuada nas empresas da China e da Turquia, o endividamento das empresas também aumentou consideravelmente em muitos países latino-americanos, incluindo, por exemplo, Chile, Brasil, Peru, México e Colômbia”, diz o relatório. Segundo o FMI, o comportamento das empresas dos países emergentes é uma fonte de preocupação porque “muitas crises financeiras nos mercados emergentes foram precedidas por um rápido aumento da alavancagem”. Entre as preocupações, neste momento, estão as altas taxas de juros nesses países, sendo que as empresas dos Estados Unidos, por exemplo, conseguem financiamento mais barato. Para o FMI, essas empresas têm de se preparar para a piora das condições financeiras globais. De acordo com o relatório, os setores da construção civil e de óleo e gás foram os que mais registraram crescimento do endividamento. “Para evitar problemas no futuro, além de medidas para evitar a excessiva alavancagem, a instituição aconselha que sejam avaliadas de perto as empresas mais frágeis e os bancos com que têm relações comerciais, já que podem ser prejudicados caso elas venham a ter problemas, como falências”, orienta o FMI. O relatório sugere também que os mercados emergentes devem se preparar para a eventual subida das taxas de juros nas economias avançadas. Para reduzir os riscos, os países podem usar políticas destinadas a “manter o sistema financeiro como um todo seguro” e limitar os empréstimos bancários excessivos e aumento de alavancagem no setor empresarial. O FMI destaca ainda que existe uma perspectiva de uma grande queda nos preços das commodities [matérias-primas] com redução de 1% a 2,25% no PIB desses países (ABr). |
Manter vetos é questão essencial para o paísLíderes da base aliada se reuniram com os ministros das Comunicações, Ricardo Berzoini, e da Aviação Civil, Eliseu Padilha, na manhã de ontem (29), para combinar esforços com o objetivo de garantir a manutenção dos vetos presidenciais aos projetos de lei sobre aumento salarial de 78,6% para o Judiciário e ao que reajusta o benefício dos aposentados pelo índice de correção do salário mínimo. A sessão do Congresso Nacional que vai examinar os vetos está prevista para hoje. “Manter os vetos passou a ser uma questão essencial para o país. Qualquer passo em falso pode corroer a situação econômica, porque os impactos são enormes: um é de R$ 36 bilhões – o aumento do Judiciário – e outro R$ 11,5 bilhões – benefício dos aposentados. Já nos livramos de R$ 80 bilhões na semana passada”, disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ao lembrar da sessão que manteve 26 vetos presidenciais. Guimarães afirmou que, além de injusto com outros servidores públicos, os reajustes previstos no projeto também criam um efeito cascata para estados e municípios no que se refere a pagamento de outras categorias. O parlamentar cobrou um posicionamento da oposição em relação ao assunto. Guimarães afirmou que a base vai garantir que a sessão ocorra. Acrescentou que o momento é de “mostrar a cara”. “Não terá sucesso algum [o ajuste fiscal enviado pelo governo] sem a manutenção destes vetos. Em uma hora como esta é fundamental que a oposição diga o que quer para o país”, disse. O esforço, segundo ele, envolverá convencimento. Guimarães afirmou que o governo não está usando qualquer estratégia para evitar a criação destes gastos e descartou, inclusive, que a reforma ministerial seja usada neste sentido. Sequer o PMDB, segundo ele, mostrou “inquietação” na reunião de hoje. Ainda não há data para que a presidenta Dilma Rousseff anuncie as mudanças administrativas do governo (ABr). Volkswagen fará ‘recall’ de 11 milhões de carrosApós o escândalo sobre a fraude de testes ambientais, a Volkswagen precisará “consertar” mais de 11 milhões de veículos, informou o novo CEO da marca, Matthias Müller. Os carros precisarão se adequar às regras ambientais tanto dos Estados Unidos como da Europa após a descoberta de que milhões de carros estavam burlando os testes. Segundo a mídia europeia, além da Volks, Audi e BMW também estariam envolvidas no escândalo. O jornal “Bild” revelou que a peça usada pela Volks era produzida por outra empresa da Alemanha, a Bosch, mas que a mesma havia notificado a montadora de que esse item deveria ser utilizado para fins de testes. Em documento, a Bosch alertava que o uso do dispositivo nos veículos era “ilegal”. Por causa da crise na Volks, o vice-diretor-geral do Bankitalia (o Banco Central italiano), Luigi Federico Signorini, afirmou que o problema poderá atingir todo o setor automobilístico europeu. “A incerteza atual presente nos mercados globais se juntou, nos últimos dias, aquela conectada com o escândalo da Volkswagen sobre o setor de automóveis e sobre as expectativas dos investidores e dos consumidores”, destacou Signorini (ANSA). SELEÇÃO FEMININA DO IRÃ É ACUSADA DE TER HOMENS NO TIMEOito jogadoras da seleção feminina iraniana de futebol estão sendo acusadas de não terem ainda realizado operações de mudança de sexo. O caso veio à tona pela emissora árabe “Al Arabiya”, que, no entanto, não divulgou o nome das atletas envolvidas. Em fevereiro do ano passado, a federação local já havia admitido que quatro jogadoras da seleção ainda precisavam fazer cirurgias e que por isso haviam sido desconvocadas. Após o episódio, o país aumentou a “fiscalização” para evitar que homens jogassem no time feminino. Atualmente, as operações de mudança de sexo são bastante comuns no Irã, chegando ao ponto do Estado pagar metade das despesas médicas das pessoas interessadas. Contudo, essa é uma forma de coagir gays a realizarem cirurgias, uma vez que atos homossexuais são severamente punidos no país persa (ANSA). | Obama se reuniu com Raúl Castro em Nova YorkO presidente norte-americano, Barack Obama, reuniu-se ontem (29) com o presidente cubano, Raúl Castro, em Nova York, paralelamente à Assembleia Geral da ONU, onde os dois defenderam a suspensão do embargo a Cuba. Sorridentes, eles deram um aperto de mão no início da reunião, na sede da ONU. Foi o segundo encontro depois do de abril, no Panamá, durante a Cúpula das Américas. Os Estados Unidos e Cuba iniciaram em dezembro de 2014 uma aproximação, acabando com mais de meio século de tensões herdadas da guerra fria. As relações diplomáticas foram restabelecidas em julho. O presidente cubano, de 84 anos, exigiu na ONU o fim do embargo econômico norte-americano imposto ao seu país há mais de 50 anos, afirmando que esse embargo é prejudicial “aos interesses dos cidadãos e das empresas norte-americanas”. Os Estados Unidos aliviaram as restrições comerciais sobre Cuba, sem acabar com o embargo. Obama é a favor da medida, mas a oposição no Congresso, onde os republicanos são maioria, continua contra a aproximação com Cuba. “A mudança em Cuba não ocorrerá da noite para o dia, mas estou confiante de que a abertura favorecerá as reformas e melhorará a vida dos cubanos”, disse o presidente norte-americano nessa segunda-feira, em discurso na Assembleia Geral da ONU (Ag. Lusa). Procura por viagens aéreas domésticas cai 0,6% em agostoA demanda por viagens aéreas nacionais registrou queda de 0,6% em agosto, em relação ao mesmo mês no ano passado, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A oferta permaneceu praticamente estável na mesma base de comparação, avançando 0,1%. O levantamento mostra que o fator de aproveitamento das operações, de 78,7% no mês, teve uma queda de 0,6 ponto percentual em agosto. Foram pouco mais de 8 milhões de viagens domésticas no mês passado, alta de 0,9 sobre agosto do ano anterior. O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, avalia que a alta do dólar e a elevação dos custos das companhias contribuíram negativamente. “A aviação se sustenta pelo crescimento econômico ao mesmo tempo em que induz o desenvolvimento. Romper esse ciclo é muito ruim para o país”, disse. Houve retração acentuada do público corporativo, predominante no cotidiano da aviação doméstica, um dos efeitos da crise econômica, segundo a Abear. No acumulado de janeiro a agosto, a oferta teve uma expansão de 2,9%. A procura evoluiu 3,8%. O fator de aproveitamento subiu 0,7 ponto percentual, alcançando 80,3%. O ano registra 63,7 milhões de passageiros transportados, 3% a mais do que no mesmo período de 2014. Em agosto, as companhias aéreas transportaram pouco mais de 28 mil toneladas de carga no mercado doméstico, o que representa uma retração de 12,3% em relação ao mesmo mês de 2014. O segmento internacional, por outro lado, teve alta de 11,5%, somando 15,7 mil toneladas transportadas. No acumulado do ano, o mercado doméstico registra um total de 214,2 mil toneladas de cargas transportadas por via aérea (-8,6%), enquanto mercado internacional soma 112,9 mil toneladas movimentadas (3,9%) (ABr). |