O ministro da Saúde, Arthur Chioro, confirmou que o governo descartou a criação de uma alíquota nos moldes da antiga CPMF, mas defendeu que será preciso encontrar uma solução para o financiamento da saúde.
“Minha obrigação como ministro é colocar o problema”, afirmou, ao deixar a sala da liderança do governo na Câmara, onde atendeu 24 deputados da base governista, que foram pedir liberação de recursos de convênios com a pasta e apresentar outras demandas locais.
Chioro disse que não tratou sobre este tema com os parlamentares. Ao ser perguntado sobre um possível desentendimento com a equipe econômica, que teria motivado a abandonar a proposta da nova contribuição, o ministro negou qualquer crise no governo e afirmou que a decisão foi resultado de uma série de consultas que foram feitas. “Não davam sustentação para uma discussão mais aprofundada. Não tinha viabilidade”, explicou.
Arthur Chioro era defensor aberto da criação de uma taxação com alíquota de 0,38% e destinação exclusiva para a área da saúde, distribuída entre União, estados e municípios. Pelas contas do ministro, o imposto representaria uma arrecadação anual de cerca de R$ 80 bilhões ao setor. Segundo ele, o Executivo agora quer contribuições da população e do Congresso, depois das críticas tecidas à proposta. “A situação está colocada para a sociedade. Agora temos que discutir uma alternativa”, disse (ABr).