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Terapias complementares ajudam no combate à infertilidade

em Especial
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
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Terapias complementares ajudam no combate à infertilidade

Muito já se falou sobre o quanto o estresse é nocivo para mulheres que estão tentando engravidar ou já estão em tratamento de fertilização assistida. Particularmente, nessa fase da vida é muito importante lançar mão de recursos para manter o equilíbrio emocional

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Afinal, não é fácil lidar com a dificuldade de engravidar e muito menos controlar as expectativas que envolvem cada fase do tratamento. Por isso mesmo, além de algumas clínicas oferecerem acompanhamento psicológico para o casal, há especialistas que defendem uma abordagem mais holística – propondo às suas pacientes que pratiquem alguma atividade voltada ao relaxamento. Na opinião de Assumpto Iaconelli Junior, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor do Fertility Medical Group, além de caminhada, acupuntura, ioga e massagem são as atividades preferidas pelas futuras mamães.

“Ao se conectar com uma atividade de relaxamento, notamos claramente uma desaceleração nos níveis de ansiedade da paciente, além de todo o corpo entrar em equilíbrio – facilitando o tratamento e a concepção”, diz o médico. Estudos mostram que, diante de um diagnóstico de infertilidade, os níveis de estresse são similares aos experimentados por pacientes que recebem diagnóstico de doença terminal.

massagem-californiana temproario“Os hormônios do estresse, incluindo cortisol, ACTH (adrenocorticotrófico), noradrenalina e adrenalina são liberados na corrente sanguínea como uma defesa, forçando o corpo a lutar pela sobrevivência. Nessas circunstâncias, só as funções vitais têm prioridade, não a função reprodutiva ou outra qualquer. Quando esse quadro se repete com muita frequência, acaba interferindo bastante no equilíbrio hormonal como um todo e nos padrões de ovulação”.

A acupuntura vem sendo incorporada à rotina de pacientes nos tratamentos de infertilidade. Estudo divulgado no British Medical Journal revelou que mulheres submetidas a tratamentos de fertilização in vitro aumentaram as chances de concepção em 65% ao recorrer à acupuntura também como técnica de relaxamento. Em geral, essa prática também é reconhecida por ajudar a regular o fluxo menstrual, reduzir os níveis de ansiedade, aumentar o fluxo sanguíneo no útero, reduzir o risco de hemorragias e abortos.

A colaboração da ioga nos tratamentos de infertilidade se dá a partir do momento em que efetivamente essa prática combate o estresse, levando a paciente a buscar o equilíbrio físico e mental na sua rotina diária. De acordo com Herbert Benson, cardiologista de Harvard, ao praticar os movimentos da ioga, a paciente também trabalha meditação, respiração e visualização – o que tem impacto positivo numa mudança de comportamento, combatendo a ansiedade e a tensão emocional que costumam atrapalhar o sono e a concepção.

Já a massagem é uma forma agradável de melhorar a circulação sanguínea em todo corpo, mais especificamente nos órgãos reprodutivos. Trabalhando pontos de pressão e respiração, o sistema hormonal entra em equilíbrio e fornece todo suporte necessário para o processo de concepção. Um grupo formado por ginecologistas e terapeutas corporais descobriu que algumas técnicas de massagem também removem bloqueios e reduzem adesões – fator presente em 40% dos casos de infertilidade.

gravidalaco-74 temproarioNa opinião de Iaconelli, é fundamental valorizar essas técnicas que reconhecidamente agem no reposicionamento emocional das pessoas, principalmente em relação aos casais em tratamento de fertilização assistida. Coordenador técnico do Instituto Sapientiae, braço acadêmico do Fertility, o especialista conta que o instituto avaliou o impacto do estresse oxidativo em 332 casais inférteis em tratamento de fertilização assistida – analisando sêmen e fluido folicular. Ficou comprovado que o excesso de radicais livres tem impacto negativo sobre o DNA, lipídios e proteínas, dificultando a gravidez.

“Níveis altos de estresse emocional desencadeiam uma série de desdobramentos no organismo humano, incluindo o aumento do estresse oxidativo, que está diretamente ligado à piora da qualidade dos oócitos e da qualidade do sêmen. Sendo assim, controlar os níveis de estresse faz parte de um conjunto de medidas que integram um tratamento de fertilização assistida. É importante, então, que a paciente se identifique com alguma dessas terapias e persista nela durante todo o processo. O mínimo que irá acontecer é atravessar esse importante período com mais confiança e serenidade”.

Fonte e mais informações em (www.fertility.com.br) e (www.sapientiae.org.br).





Quem está tentando engravidar deve valorizar noites de sono, diz estudo

dormir-dormir-bem-1340387552815 956x500 temproarioNo mundo todo, a infertilidade atinge um em cada seis casais – sendo o aborto prematuro a complicação mais comum da gravidez. Pesquisadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, defendem o princípio de que quem está tentando engravidar deve valorizar mais do que nunca uma boa noite de sono. De acordo com o professor britânico Jan Brosens, o útero tem seu próprio relógio biológico, que precisa estar sincronizado com o relógio biológico do corpo da mãe para criar condições ideais ao crescimento e desenvolvimento fetal. O sono é considerado parte essencial dessas condições ideais.

O pesquisador afirma que a incapacidade dessa sincronização pode explicar pelo menos em parte por que algumas mulheres têm dificuldade em seguir com a gravidez durante os nove meses. Especificamente, a falta de sincronização ‘desliga’ os genes do relógio biológico em células que revestem o útero – podendo comprometer a gravidez. Essas informações podem ajudar os pesquisadores e especialistas em fertilidade a desenvolver estratégias para otimizar o ambiente fetal e assim ajudar as mulheres que querem engravidar, mas estão enfrentando dificuldades.

Na opinião da especialista em Medicina Reprodutiva Suely Resende, diretora da unidade de Campo Grande (MS) do Fertility Medical Group, a falha na sincronização do relógio biológico da mãe com o do embrião pode ter consequências indesejadas. “Esse tipo de estudo oferece mais informações sobre por que algumas mulheres não conseguem levar uma gestação a termo. Combater o estresse e dormir bem são atitudes fundamentais para quem está tentando engravidar. Hoje em dia, praticamente todos dormimos menos do que deveríamos. Mas, para uma paciente em tratamento, perder duas ou três horas de sono por dia pode resultar em maior dificuldade para engravidar. Quem dorme pouco, por exemplo, tem níveis de leptina mais baixos. Além de controlar o apetite, esse hormônio também pode impactar diretamente a ovulação”.

Outro problema mencionado pela especialista é o trabalho noturno. Quem troca o dia pela noite, trabalhando madrugada adentro e tentando dormir quando o sol está brilhando, acaba tendo mais dificuldade, também, para engravidar, já que os ciclos menstruais dessas mulheres são mais irregulares. “Nosso relógio biológico é bastante influenciado pelo ritmo circadiano, com base nas variações de luz, temperatura e condições climáticas entre o dia e a noite. Mulheres que trabalham em turnos noturnos costumam ter esse ritmo alterado, o que tem influência direta sobre a produção de determinados hormônios, como a melatonina (que controla o sono) e o cortisol (que controla o estresse). Mais uma vez, isso acaba desregulando o relógio biológico de muitas mulheres”.

Fonte e mais informações: (http://fertilitycampogrande.com.br/).