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Economia 31/07/2015

em Economia
quinta-feira, 30 de julho de 2015

Índice que reajusta aluguéis avançou 6,97% em um ano

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,6%, em julho, ante 0,83%, em junho.

O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), usado como referência para o reajuste dos aluguéis, variou 6,97% nos últimos 12 meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas

No acumulado de janeiro a julho, o índice variou 5,05%. No mês de julho, a variação foi 0,69%. No mesmo mês de 2014, houve queda de 0,61%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo apresentou taxa de variação de 0,73%. No mês anterior, a taxa foi 0,41%.
O índice dos bens finais variou 0,46% em julho. Em junho, este grupo de produtos mostrou variação de 0,6%. Contribuiu para o recuo o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 1,8% para 0,96%. A taxa referente ao grupo bens intermediários variou 0,33%. Em junho, a taxa foi 0,36%. O principal responsável por este movimento foi o item materiais e componentes para a construção, cuja taxa passou de 0,51% para -0,51%.
O grupo matérias-primas brutas variou 1,57%, em julho. Em junho, o índice registrou variação de 0,24%. Os itens que mais contribuíram foram: soja (em grão), que passou de -0,44% para 5,26%; milho em grão, de -4,21% para 2,33%, e aves, de 0,98% para 5,18%. Em sentido oposto, destacam-se minério de ferro, 5,90% para 3,09%; bovinos, de -0,26% para -1,32%, e suínos, de 6,98% para 0,62%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,6%, em julho, ante 0,83%, em junho. Cinco das oito classes de despesa registraram decréscimo: despesas diversas, de (5,47% para 0,52%), educação, leitura e recreação (de 0,82% para -0,07%), transportes (de 0,28% para 0,04%), saúde e cuidados pessoais (de 0,79% para 0,56%) e vestuário (de 0,37% para 0,29%) (ABr).

Taxa de juros do crédito para as famílias bate novo recorde

Taxa temporario

As famílias e empresas pagaram juros maiores ao pegar empréstimos em bancos no mês de junho. Segundo dados do Banco Central (BC), a taxa média de juros do crédito para as famílias continuou a subir e chegou a 58,6% ao ano, em junho. Essa é a maior taxa da série histórica do Banco Central, iniciada em março de 2011. Em relação a maio, houve alta de 1,3 ponto percentual.
A inadimplência das famílias (pessoas físicas), que considera atrasos superiores a 90 dias, ficou estável de maio para junho em 5,4%. Também ficou estável a inadimplência das empresas em 3,9%. A taxa de juros para as empresas subiu 0,6 ponto percentual para 27,5% ao ano. A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC para as pessoas físicas é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 11,5 pontos percentuais para 372% ao ano. A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 2,3 pontos percentuais para 118,2% ao ano.
A taxa do cheque especial chegou a 241,3% ao ano em junho, com alta de 9,3 pontos percentuais, em relação a maio. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) permaneceu em 27,3% ao ano. Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros para as empresas subiu 0,1 ponto percentual para 9,5% ao ano. No caso das famílias, houve alta de 0,2 ponto percentual, com taxa em 9,2% ao ano. “A evolução do mercado de crédito no primeiro semestre de 2015 evidencia a desaceleração nos segmentos livre e direcionado, em cenário de elevação de taxas de juros e contenção da demanda por consumo e investimento”, diz o relatório do BC (ABr).

ABIMAQ DEFENDE MUDANÇAS NO REGIME DE PARTILHA DO PRÉ-SAL

A Petrobras deve deixar de ser a operadora única do pré-sal e ficar desobrigada de manter participação mínima de 30% nos blocos licitados pelo governo para exploração de petróleo. A opinião é do diretor da área de petróleo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Alberto Machado.
Para ele, a liberação da exploração na camada do pré-sal para outras companhias, como prevê o projeto do senador José Serra (PSDB-SP), ampliará a demanda do país por máquinas e equipamentos. “Hoje, quando temos um cliente só, a indústria fica, de alguma forma, amarrada a esse cliente. E vemos, por exemplo, o que está acontecendo agora: se o cliente [Petrobras] tiver um pequeno problema, também temos um pequeno problema conduzido ou sendo conduzido para todo o setor”, disse Machado.
Na avaliação do diretor da Abimaq, a obrigatoriedade de a Petrobras atuar na exploração do pré-sal pode prejudicar o planejamento estratégico da companhia. “A proposta [de mudança], na visão da Abimaq, não prejudica a Petrobras, porque existem salvaguardas, já hoje, para que a Petrobras tenha esse desenvolvimento [técnico]”, argumentou.

EUA: META DE 20% DE ENERGIA RENOVÁVEL

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a meta de atingir 20% de participação de fontes renováveis representa um aumento significativo desse tipo de energia nas matrizes energéticas norte-americana e brasileira. Acordo neste sentido foi assinado ontem (30) pela presidenta Dilma Rousseff e Obama, em Washington.
Na coletiva de imprensa de Obama e Dilma Rousseff, o presidente americano falou sobre o compromisso firmado para atingir, individualmente, 20% de participação de fontes renováveis – além da geração hidráulica – em suas matrizes elétricas até 2030. Obama afirmou que a meta “significa o triplo do que fazem atualmente os EUA e o dobro para o Brasil”.
O Brasil também firmou compromisso de implementar políticas para acabar com o desmatamento ilegal até 2030. O governo brasileiro pretende ainda restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, também até o final de 2030 (ABr/EBC).