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Tecnologia 26/06/2015

em Tecnologia
quinta-feira, 25 de junho de 2015

A evolução do gerenciamento de riscos no Brasil

Com forte presença hoje nos segmentos de transportes e logística, o gerenciamento de riscos surgiu no Brasil no final da década de 1980 e engloba toda e qualquer ação empregada com o objetivo de prevenir e mitigar os problemas relacionados às operações logísticas. Assim, por meio das ações do GR e com as ferramentas utilizadas, riscos como roubos e furtos de cargas e acidentes são minimizados

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Cyro Buonavoglia (*)

Naquela época, o crime mais comum era o roubo a banco e a carro forte, até que as instituições financeiras começaram a investir mais forte em segurança e avançados sistemas de proteção. Dessa forma, houve uma migração para o roubo a cargas.

Inicialmente, a maioria dos eventos ocorria com a utilização de falsidade ideológica e aliciamento de motoristas e então as transportadoras começaram a levantar informações sobre estes profissionais, o que motivou as gerenciadoras de riscos a formatarem um cadastro único para atender às necessidades do mercado.

As empresas utilizavam também o serviço de escoltas ”veladas”, pois a atividade escolta armada ainda não era regulamentada, o que aconteceu em meados de 1995. No início da década de 90 os rastreadores satelitais começaram a aparecer; ainda eram muito caros e pouco acessíveis à maioria das empresas, mas as que puderam fazer o alto investimento saíram na frente. Esses rastreadores também foram incorporados às práticas de GR e, com a popularização do celular, começaram a surgir empresas de rastreamento com meio de comunicação celular e localizador GPS.

Já entre 2001 e 2003, as gerenciadoras estavam adquirindo um amadurecimento muito grande, unindo diversas ferramentas em um projeto mais amplo, oferecendo soluções de compartilhamento de ferramentas e proporcionando soluções mais robustas.

Hoje o GR está intimamente ligado aos serviços de informação logística, controle de jornada de motoristas, baixa e nota fiscal, entre outros, ou seja, não é mais uma mera ferramenta de segurança; o serviço é mais amplo e visa à prevenção de perdas como um todo.

Gerenciar riscos é uma cultura e o mais importante é conscientizar o empresário, aquele que no final das contas assume os riscos de seu negócio, que essa gestão tem que fazer parte da rotina da empresa e o investimento deve estar em seu orçamento e sua prática deve ser estimulada no sentido top down. Ou seja, o exemplo deve vir de cima e a área de GR tem que estar muito próxima dos executivos que decidem, isso porque os riscos não estão só na cadeia logística, mas sim em todas as outras partes do negócio como em seus fornecedores, produtos, capital, imagem, marca etc.

Aonde você olhar encontrará riscos e geri-los é vital. Atravessar uma rua sem olhar para os lados agrega risco de atropelamento, se for uma avenida movimentada o risco é maior, se for fora da faixa aumenta, se for com o semáforo vermelho o risco é maior ainda. Podemos fazer tudo isso e chegar ao outro lado ilesos, mas qual a chance disso acontecer? Existem pessoas dispostas a assumir esse risco, algumas chegam no final da jornada ilesas, outras ficam pelo caminho, mas o mais sensato é parar na faixa, esperar o semáforo ficar verde, olhar para os lados e, se estiver em segurança, atravessar. Ou seja, acabamos de gerenciar o risco de atropelamento.

Por isso, temos que considerar muito bem os riscos estamos expostos. São avaliadas também as ferramentas de prevenção, redução, transferência e/ou financiamento e qual delas tem maior eficácia. Somente um profissional experiente e preparado consegue aplicar de forma eficaz essas ferramentas e quais são os resultados esperados. Assim, se serão aplicados recursos, é preciso estabelecer uma meta, pois o investimento deve ser compatível com o benefício, avaliar a eficácia dessas medidas, corrigir e reiniciar o processo.

Isso não acaba nunca, pois sempre que revisamos um processo encontramos formas melhores de se fazer. Além disso, o ambiente tecnológico evolui e traz novas ferramentas; nossos negócios mudam e com a mudança podem-se agregar novos riscos. É muito frequente um cliente abrir uma nova linha de produtos, um transportador assumir uma operação com mercadorias de risco e assim por diante, por isso, temos que estar atentos para mitigar esses riscos e descobrir a variações antes que ocorra uma perda.

(*) É especialista em gerenciamento de risco,é presidente da Buonny Projetos e Serviços de Riscos Securitários.


Benefícios da mobilidade corporativa

A mobilidade corporativa transforma a maneira de trabalhar, fazer negócios, atender clientes e até a vida pessoal. A crescente procura por smartphones motiva esta tendência.
Além de ser uma realidade em todo o mundo, a mobilidade corporativa traz vários benefícios às empresas e funcionários. “As tecnologias móveis agilizam e flexibilizam processos, o que significa mais qualidade e eficiência para os clientes e, como tempo é dinheiro, pode resultar em mais lucros”, explica Luis Banhara, diretor geral da Citrix no Brasil.
Um recente estudo realizado pela Citrix, o 2020 Technology Landscape, indica como a mobilidade irá modificar os ambientes de trabalho e os modelos de negócios até 2020.
Segundo o relatório, em 2020, metade da força de trabalho será realizada de forma remota o que, inclusive, deverá modificar as leis trabalhistas de alguns países, como já vem ocorrendo no Reino Unido. O estudo também mostra que as pessoas serão totalmente digitais apoiadas por dispositivos móveis com objetos inteligentes conectados no trabalho, em casa e na escola, impulsionados pela Internet of Things (Internet das Coisas).


Mercado de escritórios virtuais tem começo de ano aquecido

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Economia é a palavra de ordem tanto para as empresas quanto para profissionais liberais e consumidores em geral. O mercado retraído e a alta dos preços em diversos serviços e produtos têm forçado as pessoas e as organizações a reverem seus orçamentos, reduzindo gastos e adiando investimentos.
Para algumas empresas e profissionais liberais, uma alternativa tem sido livrar-se do custo fixo comprometido na manutenção de um escritório próprio. “Em muitas atividades, é possível o profissional migrar para o home office, por exemplo, ou adotar um business center, onde ele consegue ter boa localização, um ambiente agradável e muito bem estruturado para receber seus clientes e fornecedores, com toda uma rede de serviços e custo até 40% menor do que o necessário para um escritório tradicional”, explica Mari Gradilone.
No Rio de Janeiro, esse movimento parece se confirmar. Nos últimos três meses, os escritórios do Virtual Office tiveram 30% mais procura que no começo do ano.. Com 270m² de área total e em lugar privilegiado, no Centro do Rio de Janeiro, o business center conta com 18 salas exclusivas (privativas e fixas), quatro salas de reunião e toda uma rede de apoio em serviços diferenciados – secretárias bilíngues, serviços de recado, assessoria fiscal e contábil, entre outros.
Em São Paulo, a demanda também cresceu. Os escritórios do Itaim, com política de preço diferenciada, padrão FIT, têm apresentado grande procura por profissionais da área da saúde e profissionais liberais que buscam um endereço para realizar reuniões e receber clientes.

Adoção de metodologia ágil para viabilizar a entrega da transformação digital

João Gatto (*)

Ultimamente muito se tem falado de transformação digital, conceito que vai além de automatizar processos, e mostra que os modelos de negócio deixaram de ser algo imobilizado, ou seja, modelos de negócio devem ser criados e alterados de maneira contínua

E para que isso fosse possível, muitas frentes como Cloud Computing, Big Data, Mobile Payment, IoT (Internet of Things), entre outras, foram criadas para inovar e melhorar os serviços e produtos fornecidos pelas empresas. Mas será que as empresas estão adotando maneiras ágeis e flexíveis para fornecer tais serviços?
Devido à rápida evolução tecnológica, as empresas estão se transformando e criando concorrência inesperada para os gigantes do mercado. Por exemplo, recentemente tivemos a criação do Uber na indústria de táxis, AirBnB na indústria hoteleira, Netflix na indústria de filmes e entretenimento, Whatsapp na indústria da comunicação, entre outros que influenciam diretamente os modelos de negócios que antes estavam estagnados e que foram alterados usando o que a tecnologia tem a oferecer atualmente como forma de se posicionar novamente de maneira competitiva no mercado.
Por isso muitas empresas estão adotando a metodologia ágil na sua maneira de trabalhar e estão vendo que ela não é apenas uma melhoria de processo, mas sim uma nova necessidade estratégica. Quando se trata de metodologia ágil, o grande desafio é criar o mindset ágil. Não significa apenas ter as skills e know-how, mas também cultivar um time ágil, sendo suportado pela alta gerência da organização.
Diante desse cenário de mudança constante, como a metodologia ágil pode ajudar na entrega da transformação digital? Simples: ao contrário das metodologias tradicionais, que demandam muito tempo para entregar algo funcionando ao cliente, um dos princípios da metodologia ágil é satisfazer o cliente através de entregas em curtos espaços de tempo de maneira contínua e adiantada, sempre tendo em mente o mais importante: o valor agregado. Entregar frequentemente algo na menor escala de tempo, entre duas a três semanas, faz com que o cliente consiga ver o valor agregado e o progresso do produto. Quando entregamos valor agregado precisamos ter em mente três pontos: custo (quanto custa fazer esta parte do produto?), negócio (qual o retorno esta parte do produto trará para o negócio como um todo?) e o ROI (quanto tempo vai levar até obter o retorno sobre o investimento?). Agora imagine um projeto para mobile payment, seguindo a metodologia tradicional, na qual o cliente só receberia o produto pronto, de acordo com o escopo acordado depois de alguns meses. Será que os requisitos levantados pelo cliente são os mesmos que foram acordados no início do projeto? Será que as tecnologias para esse tipo de projeto não sofreram alguma alteração durante esse período?
Usando a metodologia ágil há um melhor gerenciamento da mudança de requisitos, pois ela assume que os requisitos iniciais vão ser alterados, mesmo tardiamente, podendo criar uma vantagem competitiva para o cliente e ainda ser um diferencial para a empresa prestadora do serviço.
Outro ponto importante quando falamos de metodologia ágil é a questão da qualidade, que é garantida através da correta aplicação das melhores práticas, nas quais são realizados frequentes testes em cada uma das funcionalidades, possibilitando a identificação de qualquer problema com antecedência necessária para que a entrega final do produto seja feita dentro do prazo e das especificações acordadas com o cliente.
A transformação digital hoje é uma realidade que vem crescendo e revolucionando o mercado de TI. As empresas que ainda usarem metodologias de desenvolvimento e entrega com práticas e processos burocráticos estão fadadas a perder mercado para os concorrentes. Para evitar que isso aconteça, novos processos funcionam como aliados e devem ser adotados por todos da empresa.

(*) É Technical Analyst do Agile Center da GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor financeiro.