O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, disse que a importação de eletricidade de países vizinhos pode ser ampliada para evitar a falta de energia no Brasil.
“Vamos começar a trabalhar desde já para não sermos surpreendidos no verão, como ocorreu no começo deste ano”, destacou. Barata lembrou que os níveis dos reservatórios das usinas tiveram uma queda significativa devido a estiagem do último ano.
Entre os países que podem fornecer energia para o Brasil em caso de crise, o secretário citou a Argentina e o Uruguai. “Temos agora [com o Uruguai] no Rio Grande do Sul uma interligação forte, que está sendo concluída em julho. O Uruguai aumentou bastante o parque [energético] e eles têm interesse no fornecimento dos excedentes”, acrescentou. O secretario explicou que a Aneel deve regulamentar a possibilidade das empresas que geram a própria energia vender a produção excedente. “Outra possibilidade, a ser regulamentada pela Aneel, é a que permite a consumidores com sobra de geração dispor dessa fonte.”
Em fevereiro, a Aneel fez alterações nas regras para contratos internacionais de compra e venda de energia elétrica. Até então, os agentes importadores e exportadores tinham direito a fazer apenas um contrato por mês. A partir da publicação da decisão, o prazo passou a ser semanal. As mudanças, que vigoraram até este mês, tinham por objetivo viabilizar compras emergenciais de energia (ABr).