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O que esperar do Open Finance e Open Insurance em 2025?

em Destaques
quarta-feira, 08 de janeiro de 2025

O ano de 2024 está chegando ao fim, marcado por inovações significativas no mercado financeiro, impulsionadas, principalmente, pelo avanço do Open Finance e Open Insurance. Essas iniciativas, lideradas pelo Banco Central e pela SUSEP, têm transformado a experiência de consumidores, instituições financeiras e seguradoras no Brasil.

Uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que o número de usuários do Open Finance ultrapassou 42 milhões, destacando o crescimento expressivo na adesão e uma significativa compreensão dos benefícios do sistema.

“O Open Finance é revolucionário, mas enfrenta desafios importantes. A confiança e a educação financeira ainda representam barreiras, especialmente, para populações menos bancarizadas. No entanto, os números são promissores: 43,85 milhões de consentimentos ativos em 2024 mostram um avanço consistente.

A expectativa é de que o sistema atinja uma parcela ainda maior da população até 2025, porém isso dependerá de campanhas eficazes e de modelos de negócios que incorporam as oportunidades do compartilhamento de dados e de serviços para entregar benefícios práticos aos consumidores”, comenta Murilo Rabusky, Diretor de Negócios da Lina Open X.

Para ele, uma das grandes inovações do Open Insurance foi a integração do ecossistema com APIs padronizadas, viabilizando uma experiência verdadeiramente digital. “Essa padronização trouxe mais liberdade aos consumidores, permitindo que serviços tradicionais de seguros sejam integrados em aplicativos e plataformas digitais. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o compartilhamento completo de dados e de serviços deve ser implementado até o final de novembro deste ano”, explica.

Com tantas inovações e melhorias tecnológicas, especialistas projetam que, em 2025, essas ferramentas terão novos modelos de negócios e um aumento na adesão de empresas ao ecossistema. Confira três pilares para o futuro do Open Finance e Open Insurance:

  • Aprimoramento das APIs: a padronização, fundamental para o avanço no Brasil, ganhará ainda mais robustez. APIs mais eficientes reduzirão a latência e melhorarão a escalabilidade dos sistemas.
  • Maior adesão de instituições financeiras: atualmente, 946 instituições participam do Open Finance no Brasil. Em 2025, espera-se que novos players integrem o sistema, proporcionando experiências mais conectadas e fluídas para os consumidores.
  • Integração entre Open Finance e Open Insurance: a interoperabilidade será ampliada, permitindo que dados financeiros sejam utilizados para criar seguros personalizados. Seguradoras terão acesso a informações como renda, hábitos de consumo e perfis de risco para oferecer soluções ajustadas ao comportamento dos clientes.

Além disso, no Open Insurance, espera-se uma evolução no entendimento do mercado por corretores, consumidores e empresas, eliminando barreiras de adoção.

O próximo ano promete mudanças significativas, impulsionadas por avanços tecnológicos e novas abordagens de mercado. Veja algumas previsões do especialista:

  • Pagamentos inteligentes: a automação de pagamentos recorrentes, integrada ao Open Finance, permitirá que contas como aluguel e serviços sejam quitadas automaticamente via PIX.Embedded Finance e Insurance: serviços financeiros e de seguros estarão cada vez mais presentes em plataformas não financeiras, como aplicativos de delivery ou marketplaces, democratizando o acesso.
  • Generativa e Machine Learning: essas tecnologias serão aplicadas para prever comportamentos, ajustar riscos e oferecer soluções sob medida, como seguros com preços baseados em dados de saúde e estilos de vida capturados em tempo real.
  • Transparência e controle: ferramentas que permitam aos usuários gerenciar suas permissões de forma prática e em tempo real consolidarão a confiança no sistema.
  • Monetização de dados: possibilita que os consumidores compartilhem informações de forma consciente e, em troca, recebam benefícios financeiros ou ofertas personalizadas. Modelos baseados em dados deverão cumprir regulações, como a LGPD, ao mesmo tempo que promovem transparência sobre o uso das informações, fortalecendo o protagonismo do cliente.

O Open Finance e o Open Insurance estão transformando o mercado brasileiro, com potencial disruptivo em tecnologia, inclusão e acessibilidade financeira. Essa jornada de inovação e colaboração ainda está em seus primeiros passos, mas já aponta para um futuro promissor.

A adoção de regulações como a LGPD reforça essa expectativa, embora a confiança e a segurança de dados permaneçam como desafios a serem superados. – Fonte e mais informações: (https://linaopenx.com.br/).